Cassiano Ricardo

 

Ainda Irei a Portugal

 

Nunca fui a Portugal.

Não por falta de querer,

nem por perder meu lugar

que este bem guardado está.

 

Dificuldades de vida...

Contratempos da memória...

Certas questões de prosódia

e outros pequenos abismos

postos entre mim e o Atlântico

até que algum dia eu vá.

 

Não conheci meu avô,

senão de fotografia.

Não ouvi, senão em sonho,

o canto da cotovia.

No entanto, talvez lirismo

— lirismo da hora H —

ah! que saudade que eu sinto

de tudo o que ficou lá.

 

Fui marujo, com certeza,

pois tenho alma azul-marinha.

Vim pro Brasil tão futuro

que nunca soube que vinha.

Hoje caço papagaios

e outras aves tagarelas

mas andei caçando mundos

no bojo das caravelas

entre o azul e o deus-dará.

 

Com os olhos de meu avô

conheci horizontes novos,

gentes de todas as cores

e os mais variegados povos

que só em sonho revejo

por nunca ter ido lá.

 

No doloroso retrato

que no meu sangue caminha

me vieram essas paisagens

filhas de audaciosas viagens.

Condição estranha, a minha.

Sinto que sou quase autor

da carta de Vaz Caminha.

Onde estaria eu agora?

Meu avô, onde estará?

 

Saudade de Portugal

que o coração me espezinha.

Sem saber se ele me "quere".

Esta a saudade que fere

mais do que as outras quiçá.

Sem exílio, nem palmeira

onde cante um sabiá...

 

Saudade assim por herança

de coisas que não conheço,

chega a ser, quase, esperança...

Esperança pelo avesso.

Saudade tanto mais grave

por nunca ter ido eu lá.

 

Saudade maior? Não tem.

"Não tem", não senhor; não há.

 

 

 

 

 

 

Cesar Cardoso

 

Caderno de Exercícios Literários do Aluno Cesar Cardoso

 

Assinale as alternativas corretas:

 

1. Minha terra tem...

 

a)     esse coqueiro que dá coco;

b)     um rio que passou em minha vida;

c)     margens plácidas;

d)     um rancho fundo bem pra lá do fim do mundo.

 

2. ... onde canta...

 

a)     o tico-tico no fubá;

b)     o assum preto;

c)     o carcará;

d)     el nombre del hombre muerto.

 

3. As aves daqui não... como as de lá.

 

a)     crocitam;

b)     palram;

c)     grasnam;

d)     cricrilam.

 

4. Identifique o sabiá: 

 

a)     ave fringilídea (Zonotrichia capensis), de coloração parda e pintada de preto no dorso alto;

b)     ave catartidiforme (S. bouvreil pileata) de cabeça pelada, que se alimenta de carnes em decomposição; 

c)     ave tiranídea (Pitangus sulphuratus), de coloração pardo-olivácea;

d)     ave caradriídea (Chilensis cayennensis) de coloração cinzento-clara, com ornatos pretos na cabeça, peito, asa e cauda.

 

 

 

 

exílio, canções

 

não permita que deus morra

sem que volte para cá

 

 

 

 

porque me ufano de minha terra

 

Minha terra tem clichês

Para quem for versejar

Minha terra tem pronomes

E advérbios de lugar

Aqui brotam oxítonas

Com fim em A pra rimar

Também tem adjetivos

Mas é melhor não usar

E eu perdido no mapa

Sem saber o lá e o cá

 

 

Cesar Cardoso

 
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César Miranda

 

Minha Terra

 

Minha terra tem cachoeiras

Cascatas, cinismos e falsidades

Minha terra tem muitos rios

Cataratas e glaucomas

Tem araras e cabides

Tem comadres e penicos

Brasílias, fuscas e corcéis

 

Minha terra tem Palmeiras

Vascos e Pontes Pretas

Elevados e viadutos

Tom Jobim, Cumbica e Vira-Copos

Minha terra tem Graça, Rosa

Machado, Foice e Cutelo

Millôr, Jaguar e Audi A3

Minha terra tem forró,

Samba, choro, soluços e gritarias

Jongo, coco, maxixe e quiabos

Laranja, bananas e desaforos

Portelas, mangueiras e jabuticabeiras

Ave Maria, Pai-Nosso e Deus me livre

Guerra Peixe, Paz, boi e galinhas

Villa-Lobos, bairros e lobisomens

Maconha, cocaína, heroínas

E nenhum herói.

 

Minha terra tem jumentos

Minha terra tem

Zabumba, pandeiro, triângulo

E polígonos da seca

Minha terra tem aposentadorias e direitos adquiridos

Cascalho, bufunfa, gaita e foles de oito baixo

Emas, lulas, povos e arrasta-pé.

É assim que minha terra é.

 

 

César Miranda
Na
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Cherubino Henriques Lisboa


Mez d'Abril em Portugal


Mez d'Abril em Portugal,

Na pátria dos meus amores,

Tem mistérios e ardores

Que não soubera contar;

Tem verduras, um céu puro,

Que maravilhas a pasmar!

O penhasco menos duro,

Tem a lympha a derivar

Por entre as brancas pedrinhas,

Por entre as roxas florinhas.


Mez d'Abril em minha terra

É branca virgem despida

Na madeixa entremetida

Uma violeta a sorrir,

Onde os primores de Deus

Se foram todos unir;

Onde os olhos meus e teus

Ficam de amor a carpir...

Ai! Quem me dera te visse,

Inda que depois fugisse...


Mez d'Abril na minha terra

Tem verdores... que primor!

A rocha com seu ardor,

O salgueiral a falar,

E sobre um raminho oculto

O rouxinol gorgeiar,

O seu canto a bela, adulto:

A ovelhinha a saltar;

E por entre estas belezas

Que segredos! Que lindezas!


Mez d'Abril na minha terra

Tem um céu, um céu candura,

E por entre a cor tão pura

Um beijo, e sorrir de anil;

Como é bela a minha terra!

Como tem belezas mil!

O pastor lá na alta serra

Cantando sai do redil,

Para se ir por entre vales

Alegre cantando males.


Mez d'Abril na minha terra

Tem formosos parreiras,

Tem as fontes de cristais:

Alta noite a se banhar

As formosíssimas mouras... 

Eu vezes fui espreitar

Pelo colo as tranças loiras

E de medo arreceiar

Que as fadas dessas aldeias

Me dissessem — eu criei-as.


Mez d'Abril na minha terra

Tem escura tutinegra,

Tem os vales, verde-negra

A triste cor do cipreste,

Um êco doce ao penar,

Coisa alguma de terrestre;

Um peito que não amar,

Mesmo a encosta, o mesmo alpestre

Tem segredos que não ligo...

Tem as amoras... que digo!


Mez d'Abril na minha terra

Tem a rola no arvoredo,

E nuns vales um segredo...

Calado será melhor;

Tem uns rios tão cadentes,

Tem um sol vivificador

Uns olhares tão ardentes,

Um tão puro e terno amor;

Eu que os vi só sei dizer

Se são de neve ou arder.


Mez d'Abril em Portugal

Tem coisas de Serafim;

Os prantos de um cherubim

Cantados em lira d'ouro:


Mez d'Abril em minha terra

Oh Isbel! Ó pátrio Douro,

Nosso amor... aquela serra...

O cabelo que não loiro... 

Pobre cantor, voa, corre... 

No desejo, — e ele morre!


[Lisia poética, vol. 1. ed. José Ferreira Monteiro. Rio de Janeiro: Typografia Commercial, 1848. 30-33]






 

Chico Buarque

 

Agora Falando Sério

 

Agora falando sério

Eu queria não cantar

A cantiga bonita

Que se acredita

Que o mal espanta

Dou um chute no lirismo

Um pega no cachorro

E um tiro no sabiá

Dou um fora no violino

Faço a mala e corro

Pra não ver banda passar

 

Agora falando sério

Eu queria não mentir

Não queria enganar

Driblar, iludir

Tanto desencanto

E você que está me ouvindo

Quer saber o que está havendo

Com as flores do meu quintal ?

O amor-perfeito, traindo

A sempre-viva, morrendo

E a rosa, cheirando mal

 

Agora falando sério

Preferia não falar

Nada que distraísse

O sono difícil

Como acalanto

Eu quero fazer silêncio

Um silêncio tão doente

Do vizinho reclamar

E chamar polícia e médico

E o síndico do meu tédio

Pedindo para eu cantar

 

Agora falando sério

Eu queria não cantar

Falando sério

 

Agora falando sério

Eu queria não falar

Falando sério

 

 

Chico Buarque
Na Web

> Site Oficial

 

 

 

 

 

 

Chico Buarque & Tom Jobim

 

Sabiá

 

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Para o meu lugar

Foi lá e é ainda lá

Que eu hei de ouvir cantar

Uma sabiá

 

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Vou deitar à sombra

De uma palmeira

Que já não há

Colher a flor

Que já não dá

E algum amor

Talvez possa espantar

As noites que eu não queria

E anunciar o dia

 

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Não vai ser em vão

Que fiz tantos planos

De me enganar

Como fiz enganos

De me encontrar

Como fiz estradas

De me perder

Fiz de tudo e nada

De te esquecer

 

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Para o meu lugar

Foi lá e é ainda lá

Que eu hei de ouvir cantar

Uma sabiá

 

 

 

Tom Jobim
Na
Web
>
Site Oficial

 

 

 

 

 

Chris Herrmann


Sabiás e palmeiras


Minhas terras têm doçuras e agruras

Porém só uma me encanta o sabiá…

Há maravilhas coloridas por aqui

Mas aquele verde das palmeiras

É ouro em pó em meus olhos

Marejados deste lado de cá

Lá deixei minhas maiores riquezas

Família, amores, tantos amigos

Belezas que também há por aqui

Contudo, não sem doer isto comigo

Há uma terra que me urge todo dia

Que insiste me ensaiar uma sinfonia

Debaixo das palmeiras, os sabiás

Eles sabem que vivo bem por aqui

E morrendo de saudades de lá



Chris Herrmann

Na Germina

> Poemas






 

Cláudia Villela de Andrade

 

Ouvindo o Canto do Sabiá

 

Não me sabia sabiá
até conhecer a canção.
Sabia-me mineira, moura,
com alpistes nas algibeiras.

 

O sabiá cantou em mim
na porteira da fazenda
e eu, sem mais nem menos,
empoleirei num grande galho.

 

Foi aí, meu primeiro vôo
de fêmea de ave que canta
em outra perfeita escala.
Meu trinado era o bater asas
nas folhagem das laranjeiras,
esperando o coração cor-da-terra
ritmar um companheiro.

 

Sei-me agora sabiá-laranjeira,
com ouvidos atentos e treinados.
Tudo mais-que-perfeito
na orquestra da mãe-natureza.

 

 

 

Cláudia Villela de Andrade

Na Germina
>
Conto

 

 

 

 

 

 

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

 

Um Certo Sabiá

 

E vieram os homens de macacão
cansados de tanto cortar,
as grandes tesouras de podar
calejando-lhe as mãos...
Na minha rua, árvores exuberantes
eram as cidades dos passarinhos
bem fornidas de insetos,um céu
particular...
Eu acordo sem despertador:
bem-te-vis a gritar que viram
o amor feito sob os lençóis
de noitinha ou de madrugada...
pardais numa matinata monocórdia
e engraçadinha, fazem algazarra
de criancinhas...
Há um sábio sabiá
que parece tomar conta do lugar
e observar o vôo das borboletas
bailarinas em cores
que parecem flores...
Mas vieram os homens de macacão...
E quando voltei do trabalho,
o ar em torno tinha um cheiro
de verde-clorofila
e as árvores choravam...
Pipilavam os pássaros, desesperados
tendo perdido galhos, ninhos e ovinhos...
Meu coração apertou-se em silêncio,
chorando essa necessidade
da cidade grande: a poda
tem de ser feita
por causa dos fios de alta tensão...
Para isso trabalham os cansados
homens de macacão...
Procurei o sábio sabiá
que aprendera a viver sem as palmeiras
bem altas, no Maranhão
de Gonçalves Dias...
E ouvi, ah se o ouvi!
Consolando
a pardoca aflita
sem sua primeira ninhada:
a primavera sempre volta,
as árvores crescem mais fortes
depois de assim cortadas...
É começar de novo, pois
na Terra tudo existe ciclicamente...
Achei-o mais sábio ainda e dei uma volta
em torno de tanta devastação,
vendo os ovinhos quebrados no chão...
Mas quando me dei conta, o canto
do sabiá, no canto da rua enlutada,
era também de pranto...
E choveu, do meu olhar!!!

 

 

 

 

 

 

Colégio Energia, de Florianópolis

(Alunos de 2ª série)

 

Carol, Guilherme, João Vicente, Gabriela, Renata Paim e Renata Rodrigues

 

Canção dos Excluídos

 

Minha terra tem favelas,

Onde a miséria é o que há

As pessoas que lá moram

Vivem a sonhar.

 

Nossa ruas têm mais lixo,

Nossas fontes a secar

Os pássaros já não cantam

Só o que fazem é chorar.

 

Ao andar sozinho à noite

Crianças eu vejo lá.

Sem lugar para ficar

Sem alguém para lhes cuidar.

 

Permita Deus que eu morra,

Antes que eu volte para lá

Minha terra não é mais a mesma

E logo se acabará.

 

 

 

Sophia Duarte Porto, Bruna Sens, Beatriz Coelho e Fabiana Sousa

 

O Último Suspiro

 

Minha terra tem problemas

Onde roubam o que há

O dinheiro que aqui circula

Não circula em outro lugar.

 

Minha cidade tem mais favelas

E nas ruas mais pavores

E nos pavores há uma vida

Uma vida sem amores.

 

Não permita Deus que eu more

Em um lugar tão sombrio

Onde há os que vivem bem.

E os outros que passam frio.

Que um dia as diferenças acabem

Antes que acabem com o Brasil.

 

 

 

Arland, Gabriel, Leonardo G., Leonardo V. e Thiago

 

Minha Escola, Minha Vida

 

Minha escola tem cadeiras

Todo dia é sempre igual

E em todas manhãs fagueiras

Vou ler o novo jornal.

 

Não me falta assistência

Nem lugar pra estudar

Experientes professores

Com o dom de ensinar.

 

Os alunos e alunas

Estão sempre a sorrir

Riem da desgraça alheia

De mãos dadas por aí.

 

Minha escola tem cadeiras,

Apostilas sempre em mãos

Pena não ser assim

Onde estudam meus irmãos.

 

 

 

Eduardo, Guilherme Fernandes Becker, Maria Eduarda da Silva

e Maria Luíza Simas Valério

 

Que País é Este?

 

Minha terra tem problemas,

Que tais não conseguimos controlar,

Corruptos, sozinhos, à noite

Mais prazer têm em roubar,

Minha terra tem problemas,

Que ninguém pode controlar.

 

Não permita Deus que eu acorde,

Que eu quero sonhar

Com as coisas mais bonitas,

Que o Brasil tem para dar,

que eu desfrute da maldade,

Que não quero enxergar,

Sem que eu veja os problemas

Que o Brasil vem nos mostrar.

 

 

 

Joana Adames, Natália Dodl e Fernanda Hickel

 

Sujeira Brasileira

 

Minha terra tem favelas

Onde a droga manda lá.

Muitas pessoas que lá entram

Só num caixão saem de lá.

 

No nosso céu só tem uma estrela

Nas nossas câmaras, mensalão

Nossas florestas não têm mais vida

Nas nossas vidas só decepção.

 

Não permita ourixás que eu morra

Sem que eu veja isso mudar

Sem que possa ser testemunha

De um Brasil que saiba lutar.

Sem que tenha certeza de que um futuro melhor,

Meus filhos irão encontrar.

 

 

 

Alice, Bruna, Caroline, Cássia e Mariana

 

O Grito da Nação

 

Em certas partes do meu céu

Há nuvens de poluição

O efeito estufa já está aqui

E muitos morrerão.

 

Minha terra tem especiarias

Feijoada, churrasco e chimarrão,

Tem acarajé lá na Bahia

E no litoral sul, camarão.

 

Andar sozinho à noite

Está ficando um perigo

Nem mais prazer eu tenho

De passear com meu amigo.

 

Não permita Deus que se separem

As diferentes etnias,

Brancos, índios, negros

Convivendo em harmonia.

 

 

 

Elysa, Isis, Cristian, Julio, Lucas

 

Canção da Revolta

 

Minha terra tem políticos

Que só sabem roubar

Enquanto muitos trabalham

Outros só sabem desviar.

 

Nossos morros têm mais miséria

Nossas cidades têm mais violência

Nossas ruas têm mais mendigos

Nossos mendigos mais carência.

 

Enganado a todo o momento

Não consigo me conformar

Minha terra tem políticos

Que só sabem roubar.

 

Minha terra tem problemas

Que há tempo existem por cá

Enganado a todo momento

Não consigo me conformar

Minha terra tem políticos

Que só sabem roubar.

 

Não permita Deus que eu morra

Sem ver o mensalão acabar

Sem que possa ter a felicidade

De os políticos na cadeia colocar

Sem que ainda possa ver a esperança

Nos olhos do brasileiro brilhar.

 

 

 

Bruno G. Santiago, Elisa P. Kappel, Thais Dau e Vanessa Rockenbach

 

Outro lugar

 

A mata já não existe mais,

onde já cantou um sabiá.

Os animais que aqui moravam,

Encontraram outro lugar.

 

Nosso céu não tem estrelas,

Encoberto de fumaça está,

Nossas flores não têm mais vida

A terra infértil começa a ficar.

 

Se se encontrar sozinho à note,

Infeliz poderá estar,

Nos nossos morros têm pobreza,

E o tiro lá se dá.

 

Permita-me Deus aqui não ficar,

Para minha vida melhorar,

Só mudando-me para lá!

 

 

 

Ana Carolina, Bianca, Grazieli, Helena , Maria Eduarda e Sara

 

Canção de Uma Canção

 

Em Floripa tem figueira

Onde todo mundo passa por lá

Não sei se as aves daqui gorjeiam

Nunca parei para escutar.

 

Nosso céu tem lindas estrelas

Nossa gente, muitas cores

Nossas praias têm surfistas

Nossos surfistas, nossos amores.

 

Para dançar e se divertir à noite

O "El Divino" é o lugar

Aí minhas amigas vêm pra cá

Pra gente se arrumar.

 

Minha terra tem rumores

E as bruxas se escondem por cá

Ao pescar sozinho à noite

Perigo é o que dizem que há

Em Floripa tem figueira

Onde todo mundo passa por lá.

 

Não permita Dário

que a passagem volte a aumentar

Sem que eu passe pela linda ponte

Que só encontro por cá

Sem que eu veja a figueira

Que igual não irei encontrar.

 

 

 

Camila, Vanessa, Paulo, Luiza, Vitória e Luiz Paulo

 

Uma Canção

 

Minha terra não tem recursos

Para todos estudar

Aos que não têm dinheiro

Oportunidade costuma faltar.

 

Nas estantes faltam livros

Nas escolas, professores

Não há vagas para alunos

Que se tornam infratores.

 

Não permita o governo

Que fiquemos sem estudar

Sem que desfrutemos dos primores

Daqueles que podem pagar

Se não mudarmos isso agora

No futuro, como irá ficar?

 

 

Sistema de Ensino Energia