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Sobre a poesia de Ricardo Aleixo, Delmo Montenegro, Ricardo Corona,

Eduardo Jorge e Amador Ribeiro Neto

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As estruturações/timbres do teatro/contextura ressaltam no labirinto encantatório da origem do idioma perfomativo ______ constelações sónicas/futuráveis articulam os encadeamentos de composição/reorientação dos POETAS/PICTÓRICOS/arte negra caleidoscópica ______ DELMO MONTENEGRO, RICARDO ALEIXO E RICARDO CORONA. A materialidade transmutadora do indizível forma a incomensurabilidade fisiológica dos sentidos/área da estruturação cénica movimentando a coreografia elíptica/ORQUESTRADORA da dança SUPREMA das palavras ______ "ciao cadáver", "máquina zero", "corpo sutil"  ______ VARIAÇÕES METALINGUÍSTICAS.

 

A MOBILIDADE destes signos linguisticos pronuncia as analogias constitutivas da seiva "enteógena" da universalidade cosmológico/ autoconsciência dos jogadores de cartas-cinemaginário-roda do mundo, afirmando a absorção da metamorfose da historicidade das artes visuais. Estes cinematógrafos-gráficos-visuais antecipam a transculturalidade como um verdadeiro lugar geometrizante/EXPERIÊNCIA DA LINGUA-COSMOS ______ recombinações das afinidades interrogativas sobre(sob) as fainas enfáticas dos desvairamentos poéticos que restituem as percepções/ritualísticas da humanidade permanentemente em desconstrução ______ CORPO DO POEMA/SILÊNCIO e expressão na palingenesia do MUNDO.

 

As TRANSFERÊNCIAS das forjas das interpelações/faculdades/ária/dança reavivam os compassos laboriosos do mundo revelador da realização épica/antropológica da vida interior. RICARDO ALEIXO, Delmo Montenegro e RICARDO CORONA CIRCUNSTANCIALIZAM O POTENCIAL SIMBÓLICO/sonoro/genesíaco singularizando a multidimensonalidade dos habitates intervenientes do dialecto libertador, porque reforçam o transcedentalismo da oralidade e das nomenclaturas melodiosas que mobilizam a substância policromática dos cânticos/alquimia dos gritos-limites ______ (instrumento circulatório da alegoria no interior da singularidade da RODA DO MUNDO --- ____ cinemaginário --- ­­­­­­____ TRÍVIO --- __--- ciao cadáver ---__ CORPO SUTIL ___ desconstrução da contemporaneidade da língua entre as macrocircunferências poeticizantes do caos das vozes comunicantes.) _________________-----______----- 

 

As teias das superfícies arquitectónicas do conflito estético desmesuram as multiplicidades da escrita musical/verbal das explorações excêntricas ALEIXIANAS/MONTENEGRINAS/CORONEANAS para plasticizarem a engenharia primordial da anatomia intervisual através dos paralelismos fantasmagóricos/ecos idiomáticos/ DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS onde a batida da experiência/conhecimento da impossibilidade instaura-se na diversidade etnográfica do principio estrutural do africanismo / tribalismo/translinguístico. ESTE desejo potencial da transformação está no ritmo da subjectivização orgânica e nos caminhos filosóficos das pirâmides mitológicas, relembrando a fusão dos sentidos das "esculturas povoadas" pelos cantos órficos que sobrelevam a existência/evasão (ARTÉRIAS PICTURAIS/SONORAS).

 

As hastilhas frásicas percepcionam a dimensão interactiva da intempestiva linguagem da perfomance citadina/violência/ infusão paleontológica coincidindo nas formas sémicas diluídas sobre um numero infinito de lugares (mutabilidade das assonâncias das partículas/textuário) ______ (infinitamente perturbador é o dualismo intraduzibilidade/ pluralidade do enigma harmónico/CALIGRÁFICO/VISUAL entre a informulação dos olhares anarquistas/ afloração frásica-experimental/SEGMENTOS vibráteis (_____transfusão contínua das consanguinidades rítmicas entre as alternâncias da engrenagem da linguagem que reconhece o espaçamento da concepção/alcançamento musical na fábula cartográfica - Corona-Delmo-Aleixo - "ramificadores" da altercação interna da  - COREOGRAFIA DA SÍLABA, da EXCEPCIONALIDADE DA PALAVRA, desenho SOLAR da intextualidade).

 

O INTERSECCIONISMO ESTÉTICO no desdobramento de DELMO MONTENEGRO/RICARDO ALEIXO/RICARDO CORONA TRANSCENDENTALIZA a linguagem da poesia perfomativa, porque desenha uma nova plurivocalidade representacional da musica/linguagem/íngremes raízes de espelhos ______ ao fundar um espirito versátil/latente da criação artística defrontando as multiplicidades dos observadores do tempo, do espaço e da festividade deontológica.

 

O informulável decurso acústico circunscreve o rendilhado universalista do corpo/poema e as formas contrastantes abalam-se visualmente como energias selvagens do compositor a metaforizarem intrinsecamente as matrizes: ______ som/tom/ritmo originalmente adquiridas a outras visualidades meta-poéticas onde o principio da liberdade absoluta anula o conhecimento teórico, procurando a unidade do inexistente e a VOZ-LETRA da elementariedade da imaginação.

 

As finalidades dos detalhes da heterogeneidade eleva o sentido dilacerante da linguagem CINEMATOGRÁFICA/ COMPOSIÇÃO PLÁSTICA/SONORA para outras expressões relampagueantes ______ NESTA ESTRUTURA a manifestação dos semiologistas libertários reconhece a ciência do alargamento das emoções __ emoções  partilhadas que desafiam/exercitam as interpretações/autocriações das primitivas afectividades como as luminosidades arquitectónicas a cauterizarem a insustentável cumplicidade rizomática do real/cosmos ______ perspectiva alquímica dos experimentalismos do ecossistema/espacialização da interdisciplinariedade: estas ligações internas perspectivam a hibridez nativa/geográfica fortemente antropizada pela elementariedade das origens.

 

JOGADOR DE CARTAS, CINEMAGINÁRIO, MÁQUINA ZERO fragmentam os mediadores solares da crosta granítica entre outras autonomias vulcânicas/vertiginosas porque a conversão atmosférica/linguística segue a transposição paleontológica dos sentidos como fundições alegóricas na expansão do fundo oceânico ______ ou ______ (para além das celebridades identitárias/conceptualizações porque o mistério e a volubilidade reinscrevem-se nas interplacas da liberdade dos tremores de terra/poema fulgurante). Aqui no grande corgo das plataformas/infinitudes das interioridades alucinantes a POESIA-SOM (da ancestralidade/afloração electrica avançada) conquista regeneradoramente a dinâmica do alfabeto das cordilheiras.

 

Geologicamente as alegorias das variações sazonais/abismais da linguagem poética supera a imediatidade entre a obscuridade e o aceso instante do absoluto/musical.

A evocação ritualiza a electricidade da hibridização espaço/tempo/revisitação do mundo-análogo que empolga a respiração cinética/biológica para reintroduzir a vibração do ciclo caligráfico da água/ciclone de espectros como um arrebatamento ameríndio a transmutar as substâncias perfomativas das radiações sobre a investigação abíssica da circulação atmosférica onde a universalidade da génese reconstrói os efeitos mecânicos dos hieróglifos/ritos/configurações do mundo/andada primitivista que experimenta a indeterminação do batimento ______ UNIDADE cinematográfica DA INSTÂNCIA reinventada  pelas fronteiras dos estremecimentos genealógicos da dramatização ______ é nestas imagens cosmogónicas da intertextualidade que a receptividade do elevado limite da cauterização/magnetismo/eclosão aleixiana/montenegrina/coroneana se desencarcera da descrição/representação.

  

O LABIRINTO hidrológico estende-se metaforicamente na composição florística da interioridade templo/dimensão musical/PLURALIDADE GRÁFICA ___ esta forma DO DIALOGISMO biológico personifica a tumultuosa acentuação do centro explosivo voz/realidade do ser/levitação onde a fractura da revelação/alteridade transgride o metabolismo vetegal/poético até à polifonia da atmosfera-outra da rocha-mãe.

Montenegro, Corona, Aleixo ___ poetas da impulsão arrebatadora PORQUE possuem a  plenitude plástica e sensorial que corporaliza o "pictograma chinês (mu)" que significa "árvore" ___ SURPREENDENTE enraizamento das imagéticas  objectualizadas nas configurações ascendentes da reabilitação do ECO/PINTURA __ GRITO ONÍRICO  conjugados nas iluminações espontâneas das convivências bióticas _____ organismos/expressionistas-vivos na materialização de uma linguagem emergente e insubmissa renovando os fluxos atmosféricos/marinhos/hipodérmicos para constituir o zonamento poético/musical/cósmico entre o "ideografismo" e a transformação inaugural/criativa/África cenográfica/AMPLITUDE GESTUAL __________________

 

OS RITOS DA espécie EMOTIVA convergem na autenticidade da oscilação subterrânea dos sentidos ______ flexível CERÂMICA/HÚMUS visionário a DESCODIFICAR outras efervescências impetuosas  para deambular na reinvenção/fabulística da VOZ das águas pulsionais _____CORONIANAS, ALEIXOANAS, MONTENEGRINAS ______ ILUSTRADORES do cântico topológico/neo-primitivo ___ signo mágico da terra ___ luminosidades dos graffitis depuradores da montanha/cidade/ MULTIDÃO IRREVERENTE ___ grande mural da libertação___: aqui os POETAS do AUSTRO- MISTRAL/VARDARAC  agitam a ascendência imperscrutável do conhecimento/ofício de reencontrar as fantasmagorias/mutações da improvisação/ celular/interrogativa do mundo.

 

A erosão vertical dos naufrágios/palavras/redescobertas/fermentação da pré-história/pintura sonora ____ totaliza o relevo primitivo pleno de energias cinéticas ______ relevos comparavéis aos monumentos antigos restaurados pelos arqueólogos __ (alumiamento incorpóreo) __ contudo, a linguagem da gestação intensa DOS POEMAS/ONOMATOPÉIAS desabotoa os materiais geológicos com as superfícies topográficas dos relâmpagos.

 

Poetas - AUSTRO-MISTRAL/VARDARAC - cinzelam a intuição das linhas de fracturas(MUTAÇÕES ininterruptas) procurando outros seres DAS MIGRAÇÕES TRÓFICAS/SAZONAIS nas gargantas profundas/ELECTROACÚSTICAS onde a microbiologia das crateras meteóricas são centros solares ou  eixos imperceptíveis do design-gráfico a descerem na impressionabilidade mecânica da turbulência para expandirem/intercepcionarem as variações fonéticas como redes hidrográficas a caracterizarem os utensílios das águas torrenciais.

 

Neste AUSTRO-MISTRAL/VARDARAC, quero relembrar AMADOR RIBEIRO NETO E EDUARDO JORGE ______ BARROCIDADES E ESPAÇARIA ______ células/rádio das buliçosas altitudes onde a cardinal-deslocação emaranha a geomorfologia do possível mundo originário. O nervo palentológico da imaginação exalta-se na densidade das contracções tectónicas estremecendo as arestas da descontinuação para recriarem o esplendor da manobra das águas no imo lucífugo da biomassa vegetal. Este cavado diamante da transgressão tropical ___ METAMORFOSE DA IMPOSSIBILIDADE EXISTENCIAL ___ (sacudidela tectónica na translúcida interrogação das dunas piramidais/aerodinâmicas constituindo a imersão dos microorganismos decompositores/cenográficos da realidade inapreensível) ___ magma METAPOÉTICO a penetrar NA incubação infigurável das PAISAGENS ONÍRICAS e nas eflorescências das impossibilidades que nos conduzem até à violência afectuosa dos limites.

 

A RITMICIDADE GESTUALISTA de AMADOR/expressionista/ POLLOCKIANO converte as originalidades poéticas em ABSTRACTOS detalhes/signos reintegradores dos relevos vocabulares ou em icebergues articos/instituais na alteridade da navegação.

Toda este magnetismo climatológico metamorfoseia os domínios do mosaico vegetal onde os detritos/húmus são mineralizados pelas bactérias da alacridade instantânea.

 

A vitalidade das matrizes perceptivas e regeneradoras é catapultada pelas proteínas dos mananciais térmicos/vulcânicos/BIOMÓRFICOS ___ é nesta libertação absoluta que se encontra a reserva efervescente e nutritiva dos oceanos bailarinos/poéticos/dilacerantes/deflagração diamantina __ Amador/Eduardo Jorge.

 

A COMBINATÓRIA DE VOCÁBULOS participa integralmente no ecossistema da floresta misteriosa e original dos signos impulsivos/ritualísticos de EDUARDO JORGE E AMADOR RIBEIRO NETO, onde a variedade/esteiras luminosas dos mecanismos da vibrante simbologia desemboca na feracidade da depuração/reinvenção como frentes intertropicais/centriptas das sensibilidades a dialogarem entre as protuberâncias flamejantes e epistemológicas doutras correntes atmosféricas/visuais/esquadrinhamento cognitivo _____________ paisagismo desconceptualizador na felídea garatuja serpenteante da libertação.

 

Os elementos imprevisíveis da aliança cristalográfica de  BARROCIDADE E ESPAÇARIA envolvem o prodígio dos elementos nativos no ritmo/miragem/reflexiva destes poetas que penetram nas efabulações e nas habitações estilizadas da petrologia, porque as projecções destes poetas representam as revoluções verbais/ascensionais brasileiras como uma espécie de meteorização ________ dança fecunda de entrecruzamentos incontornáveis autonomizando as coordenadas das géneses/perspectivas como um abalo intra/extra/infra celular de germinações infiguráveis e aleatórias a alucinarem as exegeses programáticas e teoréticas.

 

MISTRAL/VARDARAC/meridional DESNUDA A PAISAGEM POÉTICA/BRASILEIRA PARA REINAUGURAR A disseminação permeável da  autêntica ÁRVORE VOADORA _______ EXTENSÃO XAMÂNICA/ESPÍRITO DA NATUREZA _______ ÁRVORE/MACROFOTOGRÁFICA/ÁRVORE-ORGANOGRÁFICA ___ que enceleira a energia das radiações da LOUCA MEDULA DA INVENÇÃO.

      

 

 
 
dezembro, 2007
 
 
 
 

 

Luís Serguilha (Vila Nova de Famalicão, Portugal). Publicou O périplo do cacho (poesia, edição de autor), O outro (poesia, edição de autor), Entre nós (narrativa, Editora Quasi), Boca de sândalo (poesia, Editora Campo das Letras), O externo tatuado da visão (poesia, Editora Ausência), O murmúrio livre do pássaro (poesia, Editora Ausência), Embarcações (poesia, Editora Ausência) e A singradura do capinador (poesia, Editora Indícios de Oiro).

 

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