notas

 

1 Apesar do grande reconhecimento da revista Hijo Pródigo, seu fechamento deveu-se à desistência do patrocinador, que via nela uma continuação dos ideais do grupo de Contemporáneos, àquela época, segundo ele, fora dos propósitos literários do país, atento às produções regionais. 

 

2 Sobre esse aspecto, e no tocante ao surrealismo, o crítico e poeta Floriano Martins adverte: "embora o México seja considerado indiscutivelmente um dos grandes centros do surrealismo, esclareço que sua eclosão em tal esfera deu-se em duas instâncias: a primeira vinculada ao mundo das artes plásticas (…) e a segunda determinada pela residência mexicana de alguns surrealistas franceses e, durante algum tempo, do peruano César Moro, de tal forma que o surrealismo não teve influências diretas na poesia mexicana, exceto no caso único de Octavio Paz".

 

3 Reitere-se a aproximação com Baudelaire a partir da leitura das duas estrofes finais do poema Morte, de As flores do mal, em tradução de Jamil Almansur Haddad: "Ó Morte, ó capitão! Deixemos estes cais! / Este país é o tédio! Ah, soltemos a vela! / Se o firmamento e o mar são negrumes fatais / O nosso coração, de clarões se constela! // Verte-nos teu veneno, ele é que nos conforta! / Tanto o cérebro nosso é de fogo incendido / No abismo mergulhar, Inferno ou Céu, que importa? / Para o novo encontrar no mais desconhecido!".

 

4 Nocturnos, no original, deriva do latim nocturnu. Dentre as várias referências, ressalta-se um sentido: aquele que anda sempre só e melancólico. Daí, a relação com os títulos dos poemas aqui traduzidos.

 

 

 

 

bibliografia

 

BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Tradução de Jamil Almansur Haddad, São Paulo: Abril Cultural, 1984;

 

CADERNOS DE CULTURA. Modernidade: Vanguardas artísticas na América Latina. Ana Belluzzo (Org.), São Paulo, v. 1: Memorial / UNESP, 1990;

 

DURÁN, Manuel. Antologia de la revista contemporáneos. México, DF: Fundo de  Cultura Econômica, 1973;

 

ELIOT, T. S.  De poesia e poetas. Tradução de Ivan Junqueira, São Paulo: Brasiliense, 1991;

 

MARTINS, Floriano.  Escrituras surrealistas — Começo da busca. São Paulo: Memorial, 1998;

 

PAZ, Octavio. Signos em rotação. 2a. ed. São Paulo: Perspectiva, 1980.

 

STEPHEN, Tapscott (Ed.). TWENTIETH-CENTURY LATIN aMERICAN POETRY. A Bilingual Anthology. Texas: University of Texas Press, 1996;

 

VILLAURRUTIA, Xavier. Nostalgia de la muerte. México, DF: Fundo de Cultura.