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Consciente da importância sanitária, social, política, científica e cultural da doença de Chagas, o então governador Tancredo Neves pronunciaria em Oliveira, em 9 de julho de 1984, que "a melhor homenagem que podemos fazer a Carlos Chagas é concluir a sua obra", e isso implica ainda em produzir a única coisa que o cientista oliveirense não fez em seus 59 anos de vida: a vacina. Daí a doença de Chagas caracterizar-se até na pós-modernidade como um flagelo, impedindo que milhões de pessoas vivam uma vida normal com trabalho e em convívio familiar. A mesma Fiocruz que hoje pesquisa para debelar o coronavírus, há mais de um século, busca o antídoto contra a doença de Chagas. Assim que a doença gerada possivelmente em Wuran, China, tornou-se pandemia no mundo, vieram à tona diversas vacinas como a Moderna, Johnson & Johnson, CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca, Janssen, Sputinik, entre outras. Todas têm que passar pelos desafios científicos, médicos e socioeconômicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para validar a imunização em massa. De extrema relevância, a vacina é a única que poderá acabar com o surto de cepas e variantes da pandemia e permitir que a população volte a viver normalmente, donde, portanto, a plena responsabilidade de todos.

Em muitas épocas houve — como há — pestes que dizimam milhões de pessoas. Informações do livro Estórias da História da Medicina, do oftalmologista Marcelo Lopes Costa, trazem à tona o conhecimento das consequências da falta da vacina pelo mundo ou de antídotos bizarros contra as doenças. Segundo este médico-autor, por desconhecer as causas e o tratamento adequado das moléstias que o atacavam, o homem medieval lançava mão de desatinos terapêuticos, que iam da "múmia" — líquido de cadáveres em decomposição — a diversos talismãs, passando por exemplo pela música, daí a tarantela, para curar a picada de grandes aranhas do sul da Itália. Havia também o uso de materiais repugnantes tidos como bons remédios, como a gordura humana, mas igualmente a urina e as fezes. "As fezes — diz o livro — do homem que quando secas ao sol, mudam seu mau-cheiro em bom", destilando-as pela retorta a um fogo gradual extrai-se um óleo (oleum vel stercus humanum) que se recomenda particularmente para as tinhas (micoses dos pelos), em particular dos cabelos e as erisipelas, por via oral é também digestivo e emoliente".

Ratos, piolhos, moscas e todo tipo de imundície faziam parte do cenário cotidiano da Europa medieval, donde a peste negra ter matado 80 mil pessoas em Florença, 50 mil em sete meses em Avignon e Paris, durando três anos e dizimando 25 milhões de pessoas, um terço da população europeia da época. A crendice era tamanha que àquela época acreditava-se que a população mitigava suas doenças desde que os reis as curassem pronunciando frases como até hoje fazem as benzedeiras — "Deus te toca, Deus te cura, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Conta-se que o rei Felipe de Valois "vacinou" com suas palavras 1500 pessoas em apenas um só dia.

Em busca de cura para seus males, o povo lança mão de qualquer panaceia. De relíquias como a barba de Noé a uma gota de leite da Virgem Maria, com a autenticidade garantida pelo clero. A exemplo, o fato que o historiador Niceta conta que na Quarta Cruzada um certo Martinho Luiz ter voltado com o esqueleto de S. João Batista e um braço de São Tiago. Os chefes francos doaram seu quinhão imaginário a Felipe Augusto, rei da França, que consistia num pedaço da cruz com um pé de comprimento, cabelos de Jesus criança e um lenço da Virgem. São muitos os "causos" que levam à vida medieval inventora de vacinas.

Caso de vida ou morte, recordista de mortes pela Covid-19 e na ocupação de leitos em todos os Estados, a população do Brasil precisa urgentemente assumir os procedimentos defensivos para evitar que a pandemia seja vencedora desse desafio formidável. Não sair de casa, manter distância entre interlocutores, respeitar lockdown, usar máscara, lavar bem as mãos com álcool em gel e rezar muito com humildade — são exigências afetas à população de todo o mundo. E como Deus é brasileiro, há que rezar em dobro neste país.





Bastava ela sumir por um dia inteiro para me estressar a paciência e me obrigar a ligar pra casa e com ênfase na voz preocupada perguntar: a Bundinha apareceu? Em caso positivo, você deu banho na Bundinha, passou talco na Bundinha, deixou a Bundinha feliz?

Quem estava próximo de mim no gabinete da assembleia tinha por hábito ao me escutar perguntar a outrem se a bundinha estava boa, fofinha, pronta para receber carinho.

Ou então se ela realmente estava no cio e por isso deu um sumiço maior que suas esticadas adolescentes pelas noites enluaradas de maio, com certeza atrás de um gajo felino com quem pudesse namorar na paz das alturas do edifício.

Tudo era possível ante o sumiço de Bundinha. Sobretudo porque era ela de rara beleza, todinha branca, felpuda, de olhos azuis, cheia de manha, pronta para uma vida de gatinha manhosa como canta a música.

Bundinha era um espetáculo visual. Por isso me preocupava o fato de expô-la ou de ela mesma se expor aos humanos invejosos, aos assaltantes de raridades. Na verdade, Bundinha vinha sumindo de quando em vez nos últimos tempos. O que fazia dela uma fujona classuda atrás de um príncipe à sua altura que pudesse engravidá-la ou ter com ela um caso mais sério que a levasse a sumir por um tempo.

O problema é que Bundinha não tinha fala. Sua voz aguda e cheia de dengo era sóbria o bastante para me dizer: — Não se preocupe comigo. Estou bem e feliz. Em breve estarei de volta.

Qualquer momento de vacilo era uma eternidade. E se alguém cheio do capricho da maldade a tivesse envenenado? Ou mesmo a tivesse eliminado da face da Terra por vingança de ela ser raçuda, perfeita demais para ser apenas um animal? Com Bundinha tudo era possível.

Só por ter o nome de Bundinha em homenagem ao jornalista Paulo Francis, que tinha uma similar, já era o suficiente para torná-la especial. Ainda que todos ouvissem quando eu ligava para casa e perguntava: como está a Bundinha?

Até que naquela manhã veio a resposta: ao abrir a gaveta da minha mesa de trabalho em casa, lá estavam cinco "bundinhos" idênticos à mãe, branquíssimos, em meio a papéis escritos e outros utensílios de quem vive do imaginário.





Maior paixão esportiva do país, o futebol se destaca por caracterizar uma referência que potencializa o torcedor isolado assim como a torcida organizada. O Brasil, é sabido, destaca-se como celeiro de jogadores profissionais cheios de talento: o futebol aqui é muito mais que um simples esporte com regras, técnicas e táticas. Donde o Brasil ser o país do futebol — "pátria de chuteiras" — onde, paralelamente aos momentos de alegrias, satisfação e lazer proporcionados pelas equipes, são recorrentes as manifestações de violência e vandalismo, transformando estádios em templos de tensão social.

Se por um lado existe o fair play marcado pela ética e por atos contra a violência no futebol, por outro existe o lado oposto como o hooliganismo na Inglaterra e a tragédia de Heysel ocorrida em Bruxelas, em 1975, que contabilizou 39 mortos e dezenas de feridos para especificar o mau exemplo das torcidas.

Assim como há o congraçamento entre torcidas há a truculência entre torcedores. Essa dicotomia faz com que os torcedores organizados provoquem os times adversários com ofensas verbais ou chamados diretos ao confronto físico. 

Na análise do especialista A.M. Pimenta, em seu livro Torcidas organizadas, encontra-se nas torcidas organizadas uma estrutura típica do exército com um espaço institucionalizado — hierarquia, controle, disciplina, regras de conduta e relações burocráticas —, o que faz de cada jogo uma guerra.

Para F. Cunha, em Torcidas no futebol, outro autor expert no assunto, o futebol torna-se um espaço de ritualização de uma violência não expressa no cotidiano. Assim, ao apreciar com paixão uma partida de futebol o torcedor expressa no seu grupo uniformizado sua masculinidade, seus sentimentos de solidariedade, de companheirismo e de pertencimento a esse agrupamento, assumindo a identidade do coletivo e relevando os próprios valores.

Por isso suas manifestações são baseadas em estratégias militares, envolvendo ação de batedores, linha de frente e retaguarda. João Ricardo Moderno é autor do livro Estética da contradição, no qual faz uma leitura inteligente da violência dentro e fora de campo, pontuando que a linguagem empregada pela mídia favorece a violência: "matou a jogada", "roubou a bola", "soltou uma bomba", "tiro direto", "tiro indireto", "artilheiro", "um tiro de canhão" etc.

Trata-se de uma linguagem bélica que favorece a cultura da violência. É o feio no futebol, não o belo, completa o ex-presidente da Academia Brasileira de Filosofia, que acrescenta: "a violência nos estádios tem muito a ver com a leniência das autoridades em relação aos arruaceiros", e questiona: "Alguém levanta a ficha criminal dos líderes de torcidas organizadas nesse país?".

Freud, em Por que a guerra?, assinalou que "é um princípio geral que os conflitos de interesses entre os homens são resolvidos pelo uso da violência".

Ainda que o filósofo moderno proponha "ser preciso abandonar essa linguagem", o espetáculo do balé viril do futebol não sobreviveria sem a linguagem específica dos seus arroubos. Os "pegas" fazem parte do show de bola.





"Qual o futuro da humanidade? O futuro só nasce quando a ideia de progresso se impõe como mais significativa do que a do passado. E isso é moderno, não é bíblico ou milenarista. O futuro é uma ideia nova na experiência do homo sapiens tão nova que não temos clareza de que só existe quando há a possibilidade mesma do progresso técnico. Ainda que esse progresso não seja o controle absoluto do nosso destino, tampouco da natureza, da contingência ou do Sistema Solar, nosso tempo contemporâneo é devorado pela crença de que o futuro nos espera no horizonte como um dado da própria natureza das coisas. O ser do universo é diferente ao nosso tempo, e para ele não existe o nosso futuro (...). A eternidade é indiferente ao nosso sofrimento" (Luz Felipe Pondé).

"Quem compreende a importância da verdade não se cala que a ética "fala" mais alto. Aquele que não se cala poderá ser prejudicado pelo poder, pela ditadura. Dizer a verdade ou dar opinião poderá nos colocar contra os poderosos, donos da (in)verdade, o que nos faria desabar ante os interesses — quem diz a verdade — se é que existe única e imutável — poderá desaparecer como passe de mágica. Não somos feitos de violência, mas, sim, da angústia por não termos liberdade para intervirmos na busca da verdade" (Tânia Du Bois).

"Somos transição, somos processo. E isso nos perturba. O fluxo da vida serve para crescer e acumular. Dessa perspectiva nos tornaremos não servos, [mas] pessoas, não pequenos animais atordoados que correm sem saber ao certo por quê. Se meu leitor e eu acertarmos nosso tom recíproco, este monólogo inicial será um diálogo — ainda que eu jamais venha a contemplar o rosto do outro que afinal se torna parte de mim. Então a minha arte terá atingido algum tipo de objetivo" (Lya Luft).

"Fica decretado que todos os amantes, de qualquer sexo, fiquem alertados que o amor, além de ser uma bênção, é algo também extremamente perigoso, imprevisível, capaz de acarretar danos sérios. Consequentemente, quem se propõe a amar deve saber que está expondo seu corpo e sua alma a vários tipos de ferimentos, e não poderá culpar seu parceiro em nenhum momento, já que o risco é o mesmo para ambos" (Paulo Coelho).

"Temos taxas elevadas de inflação e desemprego, temos uma crise energética, uma crise na assistência à saúde, poluição e outros desastres ambientais, uma onda crescente de violência e crimes...Tudo isto são facetas diferentes de uma só crise, que é, essencialmente, uma crise de percepção. A sobrevivência de toda a nossa civilização pode depender de sermos ou não capazes de realizar tal mudança radicalmente diferente, uma revolução cultural na verdadeira acepção da palavra" (Fritjof Capra).

"A palavra é uma adaga. Finamente afiada. Finamente calculada para ser veneno ou remédio. Só entenderemos quando for falada. O falar é a versão não escrita pra ser um paralelo ao pensar ser sensível e ao mesmo tempo intransponível. A palavra é uma adaga cunhada em fornalhas temperadas, mas que retém o calor dos sonhos. Tem o poder de despedaçar. Ela é a cifra não compartilhada com a natureza. A certeza que pode terminar com a incerteza. É a vontade não depurada pela vida; a palavra é pesar e paixão, pretendida marca da evolução (...). A palavra é a adaga que não fixou ao molde a espada que o ferreiro não forjou, a receita não compartilhada pelos trovadores. (...) É a bainha metamorfoseada em alforje para que a adaga seja conhecida pelas mesmas cores com as quais a palavra transforma tolos em senhores" (José Nilton Silveira Filho).

"Acreditar não é vão nem vil, viu? Achei, do nada, uma saída — Abriria abril. Abriu! (...) Escrevo, não nego, apago quando puder" (Jorge Emil).

"A poesia é agora um novo estado de consciência. Lemos o ilegível. Não é decifrar um enigma, mas vivê-lo. A poesia é como o verdadeiro rosto da história. Charles Fourier dizia que molhava sua pena no arco-íris. A leitura é o destino humano. É a destruição da fronteira entre sensação e pensamento. As palavras são sensualidades incorporadas" (Andres S. Robayna).

"Espero que a poesia ainda testemunhe — sempre — a anarquia, a revolução" (Edoardo Sanguinetti).

"O poeta é um transgressor" (Adalberto Müller Jr.)





Fiquei existencialmente lisonjeado quando percebi que minha casa, ou pelo menos um pequeno jardim frontal, fazia parte do contexto jazzístico de Bill Evans interpretando Blue and green, no sábado pela manhã, com céu de brigadeiro, mas incrivelmente frio, cuja autoria a dúvida persiste entre dele ou de Miles Davis. Não importa.

Desde que pessoalmente conheci Bill Evans, em 1980, que cobiçava ousar perguntar-lhe: — O que você pensa quando fecha os olhos azuis e degusta cada compasso, cada nota do seu fraseado culto com profundo alheamento do mundo? Você pensa na Música, na sua performance naquele instante sagrado, em que a motivou para que ela seja eterna en passant?

Não importa. Interessa aquele clima preparado em Never let me go com 10 minutos de orgasmo com seu pianar impressionista amalgamando lembranças de amigos ou de mulheres amadas em qualquer parte do mundo, nunca esquecidos, mas nunca mais revisitados, senão pelas fotos que vêm através dos acordes, como se Cortázar, na escrita jazzística de Rayuela já não conseguisse interpretar os lados de cá e de lá de sua vida dividida entre Buenos Aires e Paris; como se Antonioni fizesse uma segunda versão do final de Blow-up e colocasse uma bola de tênis vermelha nas raquetes do jogo dos clowns de Shakespeare pós-modernos e no Prelude to a kiss Herbie Hancock colocasse os lábios de Angelina Jolie e contasse o que de fato havia por trás daquela árvore; como se Coltrane ressuscitasse no fôlego lírico-incendiário de Charles Lloyd e interpretasse, após Lótus blosson, a sessão metafísico-musical-lisérgica A love supreme perto da grande roda-gigante londrina junto ao Tâmisa, ou Roberto Drummond tomasse um banho com sangue de Coca-Cola num chafariz de Ouro Preto.

O jazz tem essa inconcebível capacidade de mudar cenários barrocos em futuramas, ou coisas oníricas ainda em planos incognoscíveis em paisagens espremidas como casas em cartões-postais de aldeias ítalo-madrilenhas, ou fios de macarrões com manjericão e alhos macerados com óleo virgem.

O jazz é um pretexto para imaginar o que não existe no plano real tal como existe na doxa da audição, porque exige uma dose de cachaça especial, uma taça de vinho antigo, um copo de uísque cowboy, que não se deixam enganar sobre a origem nem a data, um masco na boca de um beijo que ficou só Deus sabe de que boca e quando. Porque o jazz não tem aquela iniciativa blasé de mandar recados, de acelerar o coração com acordes de rocamboles de parques de diversão, de animar festinhas nostálgicas ou de servir de melopeia para elevadores, cirurgias odontológicas, lanches em voos intermináveis, em rádios que tocam alto de taxistas que não se tocam. O jazz não facilita flirts que já não estejam embalados por um acalanto de olhares de gente que, insone, perambula por ruas tortas sonhos onde um pistom pigarreia heroína na garganta da sobrevivência do tempo no desespero de mais um dia.

Ninguém ouve jazz sem sofrer de solidão, ou a ausência de alguém, de um amor que não ficou sem nunca ter sido, e que, quando foi, doeu mais do que o prazer de ter dilacerado body and soul.

O piano de Bill Evans é a universidade da vida num dia feliz de réquiem. Porque o pianista nunca está exatamente feliz. O que ele ama está longe como Letter for Evan. O que ele ama faz falta ou nem existe mais. Ele próprio não existe mais no que ama. É mais ou menos semelhante ao escritor que bate no teclado à procura de notas que encarnem a visão de um amor que já não pode mais existir nem como fantasma. De um tempo que, se foi feliz, passou tão célere como um allegro num riff relâmpago que só a memória dos amantes seria capaz de gravar para sofrer sem convulsão os dias em que o único som possível seria, então, ouvir a chuva ou o próprio choro na janela de um apartamento.

O jazz tem essas coisas. Ele se deixa ouvir, mas exige mergulhos profundos e nem sempre, ou quase nunca, nem todos estão preparados para esclarecer a visão no fundo de suas próprias almas. Ele não é música para ocasiões, não é música para fazer acontecer, não é música para anunciar nada. O jazz é a música para os que se expõem à vida como Deus expôs o sopro de sua Criação. Faz-se. E fez-se. Contudo, essa exposição não é a de uma vida comum, a uma vida qualquer, mas a uma vida que vem do bas-fond da existencialidade, da reserva do silêncio, da própria não exposição ao Sol.

O jazz é uma música para quem vive em si sem o egoísmo de viver para si mesmo. Para quem é capaz de admirar o incomum depois de uma chuva. De uma luz acesa em um edifício ao longe a provocar indagações.

Ali fora, agora mesmo, o ipê que era um coalho áureo, desfolha o que levou um ano inteiro para folhar em luxúria temporal e o vento sacudir ao chão em sopros rudes. O jazz come aqui dentro de minha casa. E a única convicção do sábado é saber que o mundo continua levando as folhas, que os mesmos pássaros migrados de Morro do Ferro pousarão os galhos pelados da primavera que acabou na voz de gralha menstruada de Shirley Horn, ou no coral de marfim de Bill Evans, que já não está desde 1984, mas vai permanecer sempre como um menino virtuose sério e taciturno que enobrece a Música em cada entardecer. Porque jazz é música para se ouvir a partir do momento em que o Sol se põe. Pessoas que ouvem jazz só existem na sombra. No Sol, elas derretem inclusive de medo de não poder ouvir mais jazz.

 

 

 

junho, 2021

 

 

 

CORRESPONDÊNCIA PARA ESTA SEÇÃO

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