(...) DezFaces insere-se entre o que há de altíssimo nível com diferenciais qualitativos na mídia impressa do país na pós-modernidade. E, quando se é sério, não se faz loa com/por leviandade ou tautologia para júbilo tribal-ufano-bairrista.

(...) Marcelo Dolabela, por sua vez, coautor do projeto, é um filosoeta a refletir as linhas-mestras do compromisso com a experimentação poética instaurada, sobretudo, em Dezfaces: "Precisamos de mais ouvidos e olhos do que tínhamos originalmente. (...) O poeta deve habitar 'mídias auxiliares' para se alimentar de outras linguagens. (...) Cada texto pede (ou pode se estabelecer em forma de 'versão') um suporte justo. (...) A poesia é a realidade máxima, do ponto de vista humano. (...) Todo poeta/todo poema é participante e participativo. O contradiscurso a essa máxima é uma tentativa de exigir que o poeta reconheça o seu lugar no jogo das políticas e seja apenas poeta. (...) Toda grande revolução está ligada, de forma umbilical, a grandes experimentações de linguagem poética. (...) Ao invés de cânones, paideuma. Ao invés do estabelecido, o provisório. Ao invés do 'para sempre', o 'nunca mais'". E citando Maiakovski: "Acredite na poesia e viva". (...)

 

Márcio Almeida, em "DezFaces: Exemplo de Minas". Clique aqui para ler tudo.