Em seu novo livro A Verdadeira História do Século 20, que foi lançado em Portugal pela Apenas Livros — coleção Cadernos Surrealistas Sempre — Claudio Willer  faz homenagens ao cinema, resgata histórias desde os anos 60, incursiona pela poesia com Piva, mostra o plano de voo que guiou sua literatura até hoje. Na entrevista a seguir, ele desvenda essas referências, abordando o mosaico das influências do surrealismo e da literatura beat em sua obra. Conta como sobrepôs o sonho à vigília, partilha seu maravilhamento com o cotidiano girando um caleidoscópio de palavras, assume que sempre "preferiu a imaginação ao mundo das coisas". O livro de 36 páginas ainda não foi lançado no Brasil. [Célia Musilli]

 

 

 

 

 

Célia Musilli - Desde Estranhas Experiências, publicado em 2004, até este livro lançado agora em Portugal, passaram-se 12 anos. É quase o mesmo espaço de tempo entre seu primeiro livro — Anotações para um Apocalipse (1964) — e o segundo — Dias Circulares (1976). Quais mudanças você percebe na sua poesia feita em ciclos relativamente longos?

 

Claudio Willer - Uma poesia mais reflexiva, certamente. Sem conseguir deixar de pensar sobre o que faço. Havia algo que antes era intuitivo, pura entrega ao fluxo de imagens, e que agora também passou a ser consciente. Observo o maior peso da memória, da evocação. Isso já vinha acontecendo, o marco é o poema "A princípio", segunda parte de "Sobre García Lorca", escrito em 1976, publicado em Jardins da Provocação, onde declaro que "nós construímos a década de 60". Outro poema muito evocativo, "Chegar lá", foi escrito em meados da década de 1980 e publicado em Estranhas Experiências: é todo feito de recortes de evocações, aconteceu-me algo que desencadeou lembranças. O que mais? Alguma ironia? Sutilezas, atenção para o intertexto. Antes, eu citava poemas que havia lido, sem perceber — o exemplo mais proveitoso, ao qual já dediquei ensaios, é a paráfrase de um poema de Allen Ginsberg, "Mensagem", dentro de meu poema sobre os corpos, "É assim que deve ser feito", de 1980. Hoje, percebo quando faço isso. Por exemplo, o poema do relato de sonho, "A verdadeira escrita automática", deste novo livro: "a viagem pela escuridão e suas luzes". Ao escrever, já percebi o que estava fazendo, que estava introduzindo um oxímoro. Quantas alusões, citações disfarçadas de outros poetas estão nesse poema de relato de sonho? Algumas, só eu sei e sou capaz de identificar: tem trechos de Breton, Herberto Helder, T. S. Eliot. É um relato de sonho — e ao mesmo tempo é sobre poesia — e, especialmente no final, sobre utopia: "e tudo estará bem / e tudo será belo [...] enquanto vamos nos acercando ao ouro do tempo". O "ouro do tempo" é de Breton, "Je cherche l'or du temps", e "tudo estará bem" está em Quatro quartetos, de T. S. Eliot. Mas a superação das antinomias, em Eliot, anunciada de um modo belíssimo, é através da salvação cristã — a minha é bretoniana, imanente.

 

 

CM - Você tem preferência por algum de seus livros de poesia?

 

CW - Jardins da Provocação. Meu livro que teve a melhor recepção, o mais bem resolvido. Foi quando me tornei legível para um espectro mais amplo de leitores. Assim que saiu, poemas desse livro migraram para antologias, ou foram traduzidos, ou ambos: "É assim que deve ser feito", "Homenagem a Dashiell Hammett", "Faz tempo que eu queria dizer isso". Anotação para um Apocalipse e Dias Circulares tiveram leitores em um âmbito mais restrito — poesia para ser apreciada por amigos, por pessoas com as quais tinha uma relação de cumplicidade, com as quais partilhava um estado de rebelião, de insatisfação extrema com o que está aí.

 

 

CM - Neste último livro tem poemas narrativos, como é o caso de "A Nova Sintaxe", que fala do encontro com uma mulher no Recife, num ambiente de neon e sonho. Quanto de realidade se infiltra na sua poesia?

 

CW - "A nova sintaxe". "Os poetas paulistas". E outros. Às vezes, evocação de algo que aconteceu, há muitos anos. A história do neon e da mulher no Recife, isso aconteceu em 1964. Outros, acontecimentos recentes ou imediatamente ocorridos.  A realidade, em algum nível, está aí. Inclusive, por eu identificar sonho e realidade, por, cada vez mais, achar que há continuidade, intensa comunicação entre os dois estados, de vigília e sonho.

 

 

CM - A Verdadeira História do Século 20 é sua visão do que realmente interessou neste século?

 

CW - Neste século. Naquele século. Aliás, um século tão longo... Título irônico, não é? Fragmentos de evocação, imagens, frases sibilinas — o aparente oposto ou avesso de um registro factual, de um relato memorialístico. "A verdadeira vida não é aqui", havia declarado Rimbaud. Talvez seja minha tentativa de fixar algo da "verdadeira vida" — que está e ao mesmo tempo não está aqui.

 

 

CM - Por que o cinema te interessa tanto, a ponto de você ter escrito uma série de poemas dedicados a Bergman, Reichenbach e Hitchcock, por exemplo?

 

CW - Qual poeta, desde o começo do século 20, não é cinéfilo? O enorme impacto do cinema: realizou a poesia, trouxe as imagens, as sequências não discursivas, o maravilhamento. A nova sintaxe. Vertigo ou Um corpo que cai de Hitchcock já me havia maravilhado desde a primeira vez a que assisti — eu era adolescente. Na época, não ligaram muito, não fez sucesso e ficou muitos anos sem distribuição. Hoje, consta no topo de listas de melhores filmes. Mas também escrevi sobre um filme que não existe, ou existe apenas na minha imaginação — que eu saiba, nunca filmaram J.K. Huysmans.

 

 

CM - E como surgiu este filme fictício? É a realização de seu desejo de ser um cineasta de alguma forma?

 

CW - Vontade de fazer mais disso, de imaginar filmes que não existem — um modo de provocar leitores, de instigar. Mas não, eu não senti desejo de ser cineasta. Basta-me ser espectador e, inesperadamente, ir parar dentro de algum filme. Minha relação com cinema é mágica, como espectador e ao mesmo tempo convidado pelo próprio cinema, por cineastas. No de Reichenbach, sobre o qual escrevo — Filmedemência —, desempenho um pequeno papel. Acabei fazendo parte de outros, os documentários de Jairo Ferreira, Ugo Giorgetti. E agora está para ser exibido A propósito de Willer, curta-metragem de Renato Coelho e Priscyla Bettim, um trecho que foi postado na rede social impressionou. A propósito, essa maior facilidade em documentar, em registrar, com as novas tecnologias: isso é maravilhoso, mas fico lamentando que não dispuséssemos desses meios naqueles tempos. Já pensou, registrar em vídeo aquele animado lançamento do meu Anotações para um Apocalipse e de Piazzas do Piva, que valor documental — e artístico também, certamente — uma coisa dessas não teria? Descuido nosso, ao menos uma câmera fotográfica poderíamos ter levado, eu tinha, fotografava bastante. Hoje, era puxar o celular e ir registrando.

 

 

CM - Na apresentação do seu novo livro você diz que "parte do que foi escrito são frases sibilinas", "ouvidas em sonho" retomando um conceito de André Breton. Também fala em jogos de criação e oráculos. Este livro é mais surrealista que os outros?

 

CW - Acho que reflete o mesmo vínculo com o surrealismo, desde as primeiras leituras que me marcaram tanto. Em Jardins da Provocação, o título e a epígrafe eu peguei de Breton. Na verdade, um vínculo com o romantismo, do qual o surrealismo é um prosseguimento e um refinamento. Antes de ser poeta, e através da música, eu já me tinha na conta de romântico: escolher o sonho no lugar da vigília, a imaginação no lugar do mundo das coisas; admirar as paixões extremas, recusar o mundo do útil, regido pela ética do trabalho; execrar a sociedade burguesa: sempre me identifiquei com esses valores românticos. Mas hoje conheço mais surrealismo uma relação que antes era mais intuitiva, agora é mais elaborada, a ponto de eu conseguir dar cursos e palestras, escrever ensaios. Quero publicar um livro sobre surrealismo — além do que já publiquei. Quem sabe, dois livros — teria algo a dizer sobre surrealismo especificamente no Brasil, além do que já publiquei. Boa parte de nossos intelectuais não aprecia muito surrealismo, acho que por herança positivista. Escrever sobre surrealismo é provocação — e eu gosto muito de provocar.

 

 

CM - Qual a diferença entre fazer surrealismo e ensinar surrealismo? Foi preciso a experiência na produção poética para explicá-la? Você às vezes no meio da aula vai criando com seu próprio pensamento. Neste sentido, como você acha que estruturou algumas descobertas ou chaves que marcam também sua produção ensaística sobre o surrealismo? É da poesia para a teoria ou da teoria para a poesia?

 

CW - Onde foi mesmo que eu declarei que "poesia é sedução"? Essa citação apareceu outro dia, atribuída a mim em uma postagem. Pois bem: tratar de poesia é sedutor; especialmente, de surrealismo. Mostrar todas essas imagens, partilhar o maravilhamento, e ir mostrando a riqueza de sentido de tudo isso... Agora, então, com o datashow — já brinquei e — parafraseei, sobre tecnologias estarem aí para fazermos um uso surrealista delas.

 

 

CM - Você também inclui neste livro poemas de escrita automática, um feito em parceria com Roberto Piva, outro uma parceria de Piva e Juan Sanz Hernandes, em sua homenagem. Há quem desdenhe da escrita automática por considerar que o autor sempre reescreve tudo. Como é isso para você, os poemas saem mesmo num só fluxo?

 

CW - Já escrevi ensaios e dei palestras sobre escrita automática. Insisti muito em como se confunde com a criação "normal". Há pessoas que tratam da criação poética como se estivessem imunes ao inconsciente, como se fossem donas absolutas de si mesmas.

 

 

CM - Essas experiências surrealistas repetidas em seus livros também fazem parte de uma mitografia?

 

CW - Cada vez mais... Mas os leitores têm que dizer como são esses mitos. Mitografia romântica — surrealismo é um refinamento e atualização do romantismo. O mundo sacralizado ou re-encantado, a magia do cotidiano.

 

 

CM - Enquanto autor, interessa a você essa mitografia? Em que medida ela valoriza a obra?

 

CW - Ocupei-me dela em minha narrativa em prosa, Volta, de 1996. As sincronias, as inesperadas premonições, as magias cotidianas, o acaso objetivo.

 

 

CM - Olhando para frente e para trás como você vê seu percurso na literatura brasileira?

 

CW - Com enorme surpresa. Juro que não esperava por tudo isso. Que houvesse leitores, tantos leitores sensíveis. E eu ser intertexto, reaparecer em outros poetas, ser, especialmente de uns 20 anos para cá, citado por novos poetas.

 

 

CM - É importante saber que seu nome está inscrito na história da literatura do Brasil ou a questão da posteridade não interessa muito?

 

CW - Quero ser lido, é claro. Ir parar não só em estantes, em prateleiras de livrarias, ultimamente em arquivos digitais, mas em livros de história da literatura, antologias, ser tema de ensaios. Juro que me surpreendi, nas primeiras vezes em que isso aconteceu.

 

 

CM - Por que você lançou seu novo livro primeiro em Portugal e não no Brasil? Por esteticismo? Simpatia com a relação especial dos portugueses com a poesia?

 

CW - Lembro-me uma vez em que estava em Lisboa, em um congresso de escritores, por volta de 1990 — acabava de sair uma nova edição de Poesia toda de Herberto Helder — esse lançamento era dado, páginas inteiras, nos jornais, o livro estava na vitrina das livrarias, com destaque. Um poeta complexo como Helder, e radicalmente avesso ao mundanismo literário. Maria Estela Guedes, que tem um trabalho admirável como criadora e divulgadora, me convidou para publicar algo na coleção Cadernos Surrealistas Sempre, encaminhei esses poemas. Agora, vou pensar no que será feito no Brasil, qual das alternativas resultará em algo.

 

 

CM - A poesia em nosso país encontra-se num bom momento ou já esteve melhor em sua opinião?

 

CW - A poesia continua em um bom momento, com a circulação ampliada pelo meio digital. O restante, o que é referido pelo sintagma "nosso país", é que se encontra em um péssimo momento, e com chances de piorar. O que vai ser de 2016? O que vai ser de nós em 2016...? Que a crise resulte em alguma transformação positiva, em alguma renovação dos termos desse paupérrimo debate político brasileiro.

 

 

 

Três poemas de A Verdadeira História do Século 20

 

 

LÍRICAS

 

Nada deves temer do azul

André Breton

 

 

1

 

 

nós, os viventes sonhados

aqueles do horizonte abissal

a descobrir tanta coisa:

a cachoeira a esvair-se à beira do caminho

nosso tempo, com seu formato de bola incandescente

— olhá-lo é assustador

 

 

2

 

 

seus olhos de vertigem azul

e contemplação de precipícios

seus pés que deixam um rastro de perdas

sua voz aveludada, encontro de muitas vozes

amá-la foi amar um fantasma

precisava seguir à deriva

pelas ruas e pela madrugada

para encontrá-la como aparição

— de nossos encontros resultaram sonhos

pois a vida é extensa como uma revelação

 

e nunca foi tão fácil descrever os nítidos contornos de uma fascinação secreta e íntima

— o esplendor da umidade na ponta dos seus dedos será uma lembrança eterna

 

 

3

 

 

anotar todos os símbolos:

quando não existe mais nada, exceto o vazio perfeito,

então a palavra se impõe

 

 

 

 

 

 

TRINTA ANOS ESTA NOITE – FEU FOLLET

 

 

este é o mergulho na densidade do mundo

na dualidade da morte

este é o filme ao qual, há tanto tempo, eu devia um poema

o filme no qual foram ditas as palavras mais terríveis:

"não consigo tocar"

"de tanto querer ser amado, achei que amava"

"coragem não é dormir sobre o túmulo, é entrar nele"

o filme do qual só consigo falar em um modo solene, escrevendo com a voz embargada (só a emoção cria) para relatar que, toda vez, a janela do apartamento abria-se para um abismo

como é que pode? como isso é possível?

isto:

a vida resumida à opaca bala de 9 milímetros, um espelho, umas fotos coladas, algumas  cartas, a maleta que é fechada, a inspiração que se extingue – e cada noite igual a todas as noites

nem vagar ao acaso serve para qualquer coisa, pois os edifícios são surdos

assim é a vida condensada

dos fantasmas sublimes

CINEMA: seu verdadeiro nome é confissão

 

 

 

 

 

 

MAREMOTO

 

 

Roberto Piva & Claudio Willer

1977

 

 

os jacarandás de Murilo Mendes varridos pelo ratatatatatá das celebrações da iniciação anual

a semente boiando na porta de coral transida como as bandeirolas na temporada das secas

o gigantesco mameluco uirapuru que dorme sua melancólica soneca em uma lembrança de mamutes dilacerados

repetem com as ondas do mar sua cantilena de amor & morte

ARS POETICA: o uivo primordial convocando toda gente – os mamelucos, os irascíveis, os catadores de pederneiras

as procissões rumo à casa do meu amor que dorme na língua azul da folha

as ilhas que se elevam aos ares sem deixar rastros, traços & sombras

as hélices dos sorrisos dos adolescentes lúbricos mais apaixonados que a fêmea do tubarão

as iniciações vorazes & a fogueira dos acampamentos

aqui o mundo derrapa em seu sabor de carambola & as tripas cor de creme dos felinos enroscam-se nas estrelas

e tudo sobe à cabeça: é a hora do grande bataclã, memória de colibris trincados

ontem uma revoada de andorinhas d'água

hoje um suicida amanhã o sonho feito carne sacudirá os andaimes da fera e fará estremecer à distância o Grande Caraminguá de Deus

Salve, salve

Thalassa, Thalassa ó gregos cujos corpos de seda atravessaram os portões de mármore do universo

ó colóquios de palmeiras sutis ó apocalipses mais uma vez flagrados

ó cadência de anêmonas aureolando o crânio dos videntes

com suas músicas de pífaros Serafim Ponte Grande no trombadalho do transatlântico recheado de abacates

despeja sobre o mundo esta melodia de flauta, violão e alucinação precoce

Eu Giovanni Miramare miro o mar na miopia erótica dos que sabem flutuar na maresia & sei da sombra do jequitibá, do mistério das carreiras de café, do código cifrado do sabiá

garotos antropófagos percorrem a Av. São João cavalgando antas dopadas com miosótis & suas coxas traçam o contorno da tarde que desperta

corintianos trêmulos aplicam-se contra as fachadas das construções lacrimosas

seus sexos esmagados balançam como sinos do perdão das locomotivas de antigamente

neste balanço final entre arrotos benignos abrindo brechas na escuridão

peixes cujos nomes se perderam na memória dos abismos oceânicos descem a ladeira principal desta parte do mundo & suas carícias fazem a vida responder

SARAVÁ

portador dos bandolins & anunciações

 

 

 

março, 2016

 

 

 

Claudio Willer (São Paulo, 1940) é poeta, ensaísta e tradutor, ligado à criação literária mais rebelde, ao surrealismo e geração beat. Lançou A verdadeira história do século 20 (poesia, Apenas Livros, Lisboa, 2015) e Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico (L&PM, 2014). Outras publicações recentes: Manifestos, 1964-2010 (Azougue, 2013); Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia (Civilização Brasileira, 2010); Geração Beat (L&PM Pocket, 2009); Estranhas Experiências (poesia, Lamparina, 2004). Traduziu Lautréamont, Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Antonin Artaud. Publicado em antologias e periódicos no Brasil e em outros países. Doutor em Letras na USP, onde completou pós-doutorado. Também deu cursos, palestras e coordenou oficinas em uma diversidade de instituições culturais. Mais em http://claudiowiller.wordpress.com/about.

 

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Célia Musilli (Cornélio Procópio/PR) é jornalista, cronista e poeta. Mestre em Teoria e História Literária pela Unicamp. Autora de Sensível Desafio (poesia, Atrito Arte, 2006) e Todas as Mulheres em Mim (prosa poética, Kan e Atrito Arte, 2010). Integra algumas coletâneas, entre elas, É Duro Ser Cabra na Etiópia, organizada por Maitê Proença (Agir, 2013), O Fio de Ariadne (poesia, Atrito Arte, 2014) e Especiarias (poesia, Atrito Arte, 2015). Escreve aos domingos na Folha de Londrina, é colaboradora do site Carta Campinas e presta assessoria de imprensa para grupos de arte e cultura. Tem textos e poemas publicados em várias revistas literárias, nacionais e estrangeiras. Vive em Campinas/SP.

 

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