Notas

 

 

1 Não utilizo essa palavra como um índice de desprezo, pouco caso ou mesmo deliberada ofensa, que a palavra "intelectual" costuma carregar; ao contrário, quero dizer que sua inteligência sempre lhe prestava bom serviço, e um serviço muito nítido, também, para o leitor interessado no modus faciendi.

 

2 Campos, Augusto de. Verso Reverso Controverso, São Paulo: Perspectiva, 1988, p.249.

 

3 Eliot, T. S. Poesia (Tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira), Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995, p.74.

 

4 Eliot não acatou todas as sugestões, é claro, mas as cartas de ambos, assim como o material facsimilar, são de muito interesse para a constatação de uma das colaborações técnicas e criativas mais importantes da poesia do século XX.

 

5 De fato, mesmo porque não se declina claramente porque a coisa é dita dessa maneira. Mas se consideramos o compositor Franciscus Bossinensis (entre o século XVI e XVII) e a adaptação de um poema de Petrarca para sua canção "Zephyro spira", já temos um paralelo interessante ao verso de Eliot, percebam: Zephyro spira e il bel tempo rimena/ Amor promette gaudio agli animali/ Ognun vive contento, i me lamento/ Che amor m’há fatto albergo di tormento (Zéfiro sopra e o belo tempo retorna/ Amor promete gozo aos animais/ Todos vivem contentes, mas me lamento/ Que amor fez de mim albegue de tormento).

 

6 No fundo, culpa do próprio Eliot, que certa vez se definiu como "classicista em literatura", e depois se confessou arrependido, à Paris Review, de ter dito essa trivialidade citável. Até mesmo porque, como percebemos, esse classicismo é bem discutível, mesmo nos poemas francamente moles e discursivos (ou antiquados, se os leitores gostarem da palavra) que escreve a partir da década de 1930.

 

7 Vizioli, Paulo. A Literatura Inglesa Medieval (edição bilíngüe), São Paulo: Nova Alexandria, 1992, p.98-99.

 

8 "Fourmillante cité, cité pleine de rêves", no original. Baudelaire, Charles. As Flores do Mal (tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira), Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p.330.

 

9 Alighieri, Dante. A Divina Comédia (tradução, comentário e notas de Cristiano Martins), São Paulo/Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia, 1979, p. 122.

 

 

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