GIL GIRASSOL
É um amigo sem igual.
Alto e elegante,
Tem pinta de galante.
Se vira para todo lado,
Adora ser dançante.
Para olhar o sol,
Vira vibrante
Ao som, do amigo rouxinol.
NENECA PETECA
Parece menina sapeca
Gosta de jogar e brincar
Vôlei, queimado e peteca
Mas toda de pano,
Ela feita boneca.
AU AU LAMBÃO
Não gosta de ser pequeno,
Queria ser um leão.
Gosta de bagunça,
Faz farra com a ração,
E espalha tudo pelo chão.
MANECO & TETECO
Conta a história do menino amigo,
Ele não gosta de lero-lero e adora estardalhaço.
Teteco é divertido, como um bom palhaço,
E sempre muito atrevido.
Anda na corda bamba,
Em arriscadas acrobacias, no monociclo.
Faz malabares por todos os lugares
E deixa tudo colorido.
COELHO FEDELHO
É muito faceiro,
Esse pequeno bebê coelho.
Faz cocô o dia inteiro,
Depois fica fedorento.
E pula-pula na poça d'água,
Dentro do chuveiro.
Eita bichinho arteiro!
DODÔ BEIJA FLOR
É uma passarinha,
Beijoqueira e cheia de amor.
Adora voar pelos jardins
Bebendo o néctar do pólen,
Dos perfumados jasmins.
POENTE POÉTICO
Um panapaná de borboletas,
Veio céu afora,
Acerca do girassol.
Chapéu de cores e belezas,
Para enfeitar o sol.
COBRAS & LAGARTOS
Ilha do Cardoso, um paraíso saudoso. É recanto e lugar formoso.
As margens da Cananeia, lugar selvagem, de beleza e coragem.
Vidas de frutas e todos os seres, insetos, flores, passarinhos, peixes e sabores.
Cobras amarelas Caninãs se enroscam livres nos galhos das arvores,
Cipós verde musgo ou Sucupiras passeiam soltas no mato,
E os lagartos azuis e verdes cintilam escamas ao sol, sem medo do gato.
Lagarteando na areia, onde alegre e livre passeia, se espichando ali perto da casa da sereia.
Vem o tal do Quero-Quero e não tem lero-lero e vem que vem,
Ave de olhar vermelho esbugalhado, vive desconfiado e corre para todo lado,
Anda no chão e no mato e não no alto do galho, divertido e desajeitado, como ninguém.
As cantaroladas dos pios dos passarinhos nos ninhos de Bem-te-vi, encantam a sinfonia das árvores, nos ecos da ilha. Sons em trilhas. Dança da floresta e do mangue, em festa.
E os Tié Sangue de penas rubro-negro, rubi-escarlate, saídos dos galhos, desenham o ar de revoada vermelha e pintam o azul celeste do céu.
Garças e Albatrozes na mira do mergulho, pescam o sabor do mar no peixe que se agita, e vem à tona os alimentar.
A vida a beira mar sonha cantar e voar, traz paz no vento e nas asas das borboletas, ensina lições de horizonte na praia e nos verdes montes.
A eterna beleza, da ilha na sua realeza, vem refletida nas águas da grande mãe-natureza.
[Poema publicado em Meus primeiros versos — coletânea de poesia para crianças,
org. Vanessa Ratton. Mulherio das Letras, 2019]
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