A Encenação Desviante do Teatro Cósmico do Demiurgo

ou a Reconstrução de Himtitlill

 

 

Este texto é distendido aos limites. Cada palavra tenciona-se em duas direções porque ele é a tentativa de registrar a lembrança de um fato que se escondia sob a tona de um outro acontecimento. Ele é, principalmente, um texto que não se quer escrever de forma alguma, que teima em não sair, em extravasar a sua polpa de vertigem, som e estupor. Ele é um texto escrito antes de si mesmo. Ocultas estão as cintilâncias na floresta e escuta-se com dificuldade o som de milhões de vozes rufladas da grande nave que ali pousara sem que ninguém a visse.  A extensa nave se desdobrara em pátio, cercas, terreno limpo com arbustos, algumas flores, casa mínima em construção, cavalo selado, rapazes, cavaleiros, conversações desconhecidas, estrelas rumando à noite, rumor de folhagens.

Eu havia subido juntamente com o cineasta Elyseu Visconti a serra, hospedando-me em sua casa. Depois de um dia de descanso sentimos necessidade de tomar determinada substância extraída da floresta pelos índios da Amazônia chamada muriktan e que antes só havíamos experimentado uma única vez. Aquela tarde em Teresópolis, com o céu firme, de poucas nuvens nele em diluição, sentíamos que devíamos experimentar uma outra vez mais o misterioso muriktan. A fissura era tão intensa que saímos a esmo de carro pelos arredores de Teresópolis em busca da triturada substância florestal, herança das alquimias indígenas mais secretas. Elyseu sabia da existência de um amigo que fora por um período indigenista, que morava num pequeno sítio numa localidade perto de Teresópolis e que seria a única pessoa a possuir o subitamente desejado por nós muriktan. O muriktan assemelha-se ao paricá, mas é muito mais potente, alastra os padrões da mente além do previsível. É um pó feito da casca de uma liana ao qual se deve adicionar uma quase esquiva quantidade de uma espécie muito rara de quartzo vivente, somente encontrada em um determinado trecho do território da floresta amazônica. Esse pó visionário é fabricado apenas numa certa data do ano e a árvore que o fornece ainda não foi catalogada pela botânica ocidental.  O povo que o utiliza em seus rituais acredita que já existiu uma cúpula transparente protetora sobre o mundo que evitava a passagem dos raios e das emissões radioativas que provocavam a velhice e a degeneração dos tecidos de todos os organismos vivos terrestres. Esta cúpula também é um ser vivo e não foi destruído mas encontra-se compactado ao menor tamanho possivel dentro do espaço num cofre infinitesimal inoculado nos subterrâneos da ilha de Manhattan. Caso 88 simultâneas pessoas inalem o muriktan em dosagens semelhantes num único mesmo dia Himtintlil expandir-se-á de novo, recuperando-se em forma de conversação atmosférica, ser-nuvem que é, "converserção" que será recriado na forma de um livro sagrado holográfico uma nuvimagovância de enorme dimensão em forma de imagens vivas tridimensionais que será ela mesma reenvolvendo-se ao redor da  sua amada Terra... sua  própria reengenharia celeste será narrada pelos seus 88 captadores-libertadores através de todas as novas formas desconhecidas das artes enquanto ela implantará aos poucos todo um recuperado universo, apagando afinal todas as formas, essências e desenvolvimentos do falso universo atual, gerado imperfeito após sua contração e captura há milhares de anos pelos nefelim invasores, os conhecedores de nuvens, halos e camadas atmosféricos. Elyseu lembrou-se do amigo que há muito abandonara a cidade do Rio de Janeiro e fora morar numa cabana ali no alto da montanha. Começou então a relatar-me a história desse amigo enquanto dirigia o carro pela estrada vicinal que se aprofundava na floresta da Serra do Mar. Ele viera há cerca de um ano da Europa aonde fora estudar literatura e genética. Gostava de cavalos, era um excelente montador e criara uma enorme náusea das cidades imensas. Ficava feliz perto das plantas, ouvindo o cri-cri dos pirilampos estelares. Recentemente sua mãe morrera e com a herança recebida, filho único que era, ele comprara um terreno nos arredores mais ermos de Teresópolis e ali se fixara, construindo ele mesmo, aos poucos, o seu refúgio. De vez em quando descia ao Rio para resolver algum assunto pendente relativo aos papéis de sua mãe. Durante sua longa experiência europeia ele vivenciara de tudo. Não era, de jeito nenhum, um inocente em coisa alguma sobre a Terra. Juntara-se com uma holandesa e fora com ela que viera morar no sítio. Mas eram tantas as brigas do casal, até físicas, que a mulher acabou voltando para o Velho Mundo. Nosso amigo ficou só.

Agora convém lembrar ao leitor o que se passava em minha mente por aquela tarde na Serra do Mar. Eu tinha acabado de deixar na véspera no Correio um pacote com o meu projeto para a Bolsa Vitae de Literatura: era a reescrita, nada mais nada menos, do Quixote, de Miguel de Cervantes Saavedra. Desde um sonho muito nítido que tive na juventude passou-me a morar uma vaga certeza de que numa encarnação passada eu fora Cervantes. Eu sonhara com uma gruta num país distante e dentro dessa gruta havia muito trigo plantado e à sua entrada havia mesmo de fato um ondulado trigal. De repente, dentro de uma porta no fundo da gruta, saía uma menina de cabelos de trigo dizendo que ali era Alcalá de Henares.  A grafia pode estar até errada, eu nunca havia escutado aquela expressão e só, anos depois, lendo uma biografia de Cervantes é que a encontrei desta vez com os olhos, novamente. Daí criei essa fantasia de que eu era Cervantes rescrito de outro modo no mundo. Uma egotrip como poucas, e que, pelo menos, deu-me o necessário alento para escrever alguns contos de teor fantástico, mas ainda sem aquele humor, refinadíssimo, característica do criador da metaficção e do romance moderno como gênero. Já que o nome do lugar do nascimento de Cervantes me fora soprado dos sonhos da igreja profunda de uma gruta muito antes de eu sabê-lo na vigília, ficou-me a sensação de que eu poderia ser, pelo menos, uma parte dessa alma criadora.

O Quixote pós-moderno treslê os livros de ficção-científica e mimetiza todos os filmes desse gênero na paisagem do universo. O universo para ele torna-se uma instalação fantástica de todos os temas e elementos dessa tipologia de ficção. Era sobre esse projeto, praticamente impossível de ser realizado por apenas uma só pessoa em que eu pensava enquanto Elyseu Visconti, o cineasta, conduzia-me em seu carro à casa de seu amigo na floresta. Dizem os antigos, os que novamente nos antecederão, que se deve guardar segredo sobre aquilo que se quer realizar, que, quando se tem um projeto, que é preciso, para ele se efetivar, se cumprir na realidade, que ele não deve ser comentado com ninguém. O silêncio sobre ele, como uma grande e invisível redoma protetora, o tornará concreto no futuro. Pois era assim que eu tratava esse projeto literário. Eu o revestira de silêncio iniciando minhas primeiras leituras pelos principais livros de ficção-científica existentes em minha biblioteca.

Elyseu não sabia exatamente aonde o seu amigo morava. Na beira da estrada alguns cavaleiros haviam apeado de seus cavalos para beber num botequim. Como o seu amigo era um amante dos cavalos, proprietário de um, inclusive, resolvemos perguntar àqueles cavaleiros se eles não o conheciam e não sabiam que caminho deveríamos tomar até onde ele vivia. Os cavaleiros se conectam entre si e trocam constantes e distantes informações sobre suas rotas e montarias. Eles o conheciam sim, conheciam-no muito bem. Um guia instalou-se no banco traseiro do carro e prosseguimos viagem diretamente à casa de Felipe, vamos chamá-lo assim, daqui por diante porque não quero identificá-lo pelo seu nome real nesta crônica. Uma estranha dificuldade apodera-se daquilo que quero relatar. Sei que, com a ajuda do guia, chegamos, ao entardecer, à casa de Felipe.  Ele saudou Elyseu com grande satisfação. Convidou-nos a entrar em sua casa precária, ainda em construção. Longos cabelos castanhos, jovem homem maduro, guardando ainda traços de uma beleza eu diria que trans-adolescente. Mas eram visíveis as marcas, as rugas de um misterioso sofrimento em seu rosto conformando-lhe quase uma nova face, superposta. Apesar de tudo, a jovialidade ágil de um cavaleiro, de um apreciador e entendedor de cavalos dele transpirava. Perguntei-lhe se ele conversava com eles, se ele entendia, de algum modo, a linguagem dos cavalos. Ele sorriu, via-se que era um homem inteligente. Apresentou-nos um jovem amigo, vizinho ali, morador do povoado mais próximo. Felipe falou-me sobre a recente morte de sua mãe, e discorreu sobre os problemas que estava enfrentando. Porém, o objetivo de nossa vinda era unicamente o muriktan. Queríamos escutar o universo antes da dissolução da cúpula protetora da juventude da vida, este halo-ser que existira ao redor da Terra há alguns milênios: Himtintil. A alucinação que esta substância-ser provoca em seus usuários é total, concreta profundisima. Muda-se completamente de corpo, de época e identidade. Surge, imediatamente, o universo anterior ao mundo mortal de hoje... Você, através dele, penetra no conhecimento secreto das informações da floresta primordial, transporta-se ao ambiente de tudo que está escondido e remotamente afastado do mundo de hoje. Recupera-se toda a nossa originalidade infinita. Ouvimos o ser-conversação reinstalar-se através de sons maiores, envolventes, com suas cascas combinadas de sonoridades várias contemplando sementes de ruído centrais, preciosamente infinitesimais, pouco a pouco vemos a dissolução da fantasmagoria universal atual. Esse processo de reocupação do espaço pelo verdadeiro universo, que não deixa de ser o próprio ser-camada planetária Himtitlil pode ser acompanhado em conjunto pelos dezessete cheiradores de muriktan, pois nesse processo eles vão se tornando um ser de dezessete corpos intercomunicante, um expanser. Cada mudança é registrada e trona-se um transcendente acontecimento hilário.

Não sabíamos como entrar no assunto do muriktan. Felipe apenas falava de si, misturando alegrias com relatos de incerteza. Falou-nos da volta da sua mulher para a Europa, de como ela não se ambientara com aquele seu novo estilo de vida. falou-nos muito de suas experiências de todo o tipo  por lá. Que agora queria dedicar-se a um modo de vida mais saudável, criando e adestrando seus cavalos e os cavalos dos proprietários das vizinhanças. Não tínhamos como lhe falar nem do paricá, muito menos do muriktan. Talvez ele estivesse cabreiro com a minha presença, pouco à vontade como um adestrador de nunvens conversando ao rés do chão.

Aproveitei uma brecha naquele relatório autobiográfico para perguntar-lhe, de um jato, quando menos esperava, se ele não tinha o pó que tão ansiosamente procurávamos. Muriktan significa, literal, na abscôndita língua do povo que o sintetizou, pó das estrelas. Ele rebateu que não, que estava dando um tempo, que não tinha mais vontade de experimentar essas coisas, que agora dedicava-se com afinco e cultivo à sobriedade mais entranhada, mas eu e Elyseu Visconti compreendemos telepaticamente que ele não queria se demonstrar assim, sem mais nem menos, para mim, um estranho, um desconhecido. Aí então, por um momento, aparece um velho na soleira da porta e um outro rapaz, nativos do lugar. O velho está bêbado e vendo-nos, seus olhos se iluminam. Percebendo que somos da cidade e que talvez pudéssemos ter dinheiro, quase implora a Elyseu alguns trocados para beber cachaça. O garoto vai transar com Felipe fora da casa e eu e Elyseu, ficamos desapontados, mais e mais, os cotovelos pousados sobre a mesa da cozinha, provavelmente fabricada pelo também carpinteiro Felipe. O velho quer porque quer, insistentemente, nos levar para ver um terreno ali por perto que está à venda. Não sei como e já estávamos no carro com o velho falando sem parar, já anoitecendo. Paramos num bar, bebemos uma dose de uma água-ardente meio violenta, desapontadíssimos com a resposta de Felipe. Este dissera que voltássemos em seguida, que fôssemos com o velho ver a região, que seria interessante para nós olharmos em torno. Ele fora, juntamente com o rapaz recém-chegado, até à estrada deixar-nos no carro. Depois os dois voltaram para dentro das sombras do sítio no anoitecendo. Uma hora e meia, já noite completa estrelada voltamos, sem o velho, que deixamos falando ainda sem parar num vilarejo próximo. Céu em cúpula, em arco estrelado,repreparando-se para o reengate de Himtitlill. Total, nenhuma nuvem, sequer alguma. Alguma coisa a mais do que as estrelas, no entanto. Eu não sabia o que era mas essa coisa insistia. Era como se tivesse havido uma mudança, como se, do dia para a noite, algo se transformara.Cada estrela a ponta de um arado magnético. Felipe e o primeiro rapaz nos receberam mais do que alegremente. Eram os mesmos mas tinham os olhos demasiadamente vermelhos. O muriktan como um micro-cidade em levitação luminosa soante estava sobre a mesa. Convidaram-nos a experimentá-lo. Então, depois da primeira aspiração, ou da segunda, não importa, Felipe perguntou-me o que eu fazia, passando-me o canudo de bambu. Disse-lhe que, basicamente, eu era um escritor e que também escrevia poesia de quando em vez, como em noites assim, excessivamente estreladas. Tudo se modificara: ele estava mais relaxado, receptivo, curioso, até simpático. Disse-me, que a coisa mais bela em termos de arte que vira na Europa, durante todo o tempo em que estivera por lá fôra um desenho-animado baseado em Dom Quixote, só que esse Quixote era novo, era um cavaleiro andante diferente. Era um escritor que estudara as fontes de inspiração folclóricas de Cervantes durante anos a fio. Chegara às bases antropológicas da obra e resolvera assim então reescrevê-la, começando por transportá-la para o mundo pós-tecnológico atual. O desenho-animado europeu era um longa-metragem extraordinário... não tinha palavras adequadas para expressar sua alegria estética diante dele. A primeira cena do desenho mostrava o escritor montado numa equestre asa-delta, em luta contra fumegantes reatores nucleares e não mais contra moinhos de vento. Tudo no desenho, cada capítulo daquele livro animado, era uma adaptação do vasto arsenal da mitologia deste três mais recentes séculos. Pasmei-me. Assombrei-me. Era o meu projeto! E ele acrescentara: o novo Quixote, em vez de tresler livros de cavalaria, treslera os de ficção-científica. De repente, ele parou de falar. Interrompeu toda a conversação. Como se algum resultado secretamente almejado tivesse tido ali sido atingido, levantou-se e, demonstrando novamente agitação, bem afastado da mesa em que estávamos sentados, disse que havia se esquecido por completo da hora, que dali a pouco, em alguns minutos, um amigo viria de carro pegá-lo para ir para o Rio. Que precisava estar ainda, com a mais súbita urgência, aquela noite no Rio, naquela mesma noite de sábado. Pediu-nos desculpas, e começou a preparar sua mochila (de uma cor que eu nunca vira na Terra) nos fundos da casa. Mudou de roupa, molhou os cabelos, escovou os dentes zunindo diante de nós. E eu e Elyseu estávamos perplexos, já sobre o progressivo efeito dos alucinógeno sonoro. Ficamos também de pé, sem saber direito o que fazer, se ficar de pé ou se ir também imediatamente embora. Saímos para o pátio já sob a luz dos faróis de um carro branco que parara em frente ao terreno. Olhamos muitas vezes para o céu estrelado, o qual escutávamos por inteiro, repleto de alaridos e lentos estilhaços. Felipe e o rapaz entraram no carro numa pressa estranhamente anormal. Quase não se despediram de nós. Elyseu,de repente, gritou para o céu, eleaticamente: Começa agora a operação anti-pandora!

Tudo estremeceu por exatos nove segundos, um para cada céu. Sentíamos o zumbido galáctico do décimo céu reaproximando-se.

Agora parecia uma perseguição. Pusemo-nos em movimento e era como se seguíssemos o outro carro, como se não estivéssemos acreditando em toda aquela história e quiséssemos xecar o que, estranhadamente, estava acontecendo por dentro do que aconteceria. Como se tudo aquilo fosse mesmo o que era, uma sobreencenação, ou uma contra-encenação, teatro alquímico. Entre a nossa saída e a nossa volta algo se modificara, houvera substituições, tramas, instalações.A nave mimetizadora se realinhara em novos desenvolvimentos paisagísticos. O carro banco seguia em grande velocidade. Num aterro entrou por um caminho à direita, muito à nossa frente. Quando cruzamos por aquele caminho virei-me mais para a direita e vi que o carro estacionara, com todas as suas quatro portas abertas, escancaradas, defronte a uma casa meio afastada, e que as luzes piscavam, inclusive as da casa, estranhamente, em profusão. Vi também os vultos de Felipe, do rapaz e do motorista (do qual não percebemos jamais o rosto) de pé fora do carro, fazendo sinais com lanternas para o céu não mais devorador. Elyseu não quis diminuir a marcha, antes acelerou. Continuei olhando para trás, cada vez mais. Observei, ofuscado, que os rapazes levitavam e copulavam loucamente no ar numa espécie de bolha suspensa giratória e que essa cópula criava imediatamente nova bolhas suspensas com rapazes idênticos copulando mais novas bolhas de cópula voadora. Vi que uma única nuvem (Himtitlil?) pousara sobre o local com milhares de vozes em seu interior, vozes acesas, brilhando vivas e que isso prejudicava as ativações materializantes da nave mimética. Chamei a atenção de Elyseu para o fato. A nuvem-oca era uma miríade de imagens e acontecimentos desencadeando-se, pousando e pulsando lentamente sobre a montanha. Ele fez que não escutou, ou entendeu, ele fez mesmo que não estava ali comigo, naquele carro. A nuvem-habitação era imensa, dourada esverdeada e dentro dela moviam-se luzes sonoras mais amarelas do que o amarelo com milhões de coisas novas dentro, um ritual de flautas, plumas, aromas, passos, cantos, halos, alaridos. Vi que a nuvem foi se afastando, subindo, em grande velocidade, aprofundando-se no estranho silêncio rumoroso do céu. Vi que ao mesmo tempo em que ela se afastava ela novamente se aproximava, que perfazia os dois movimentos ao mesmo tempo. De repente, Elyseu, compreendendo tudo, gritou para mim, que eu parasse de ficar olhando para trás. Para os oscilatórios e enormes pirilampos percussivos que sobrevoavam a floresta e dela se aproximafastavam desdepara as estrelas máximas como se a grande festa amazônica de todas as consciências materializadoras e criadoras de Terras, em sua máxima expansão e extravasão de limites, houvesse descido dos ceús!

 

                  

 

 

 

 

 

 

 

 


Carlos Emílio Corrêa Lima é escritor, poeta, editor, ensaísta, antidesigner, mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Fez mestrado em literatura espanhola na Universidade de Yale (não concluído). Editor de publicações literárias tais como: a revista o Saco Cultural, a revista Cadernos Rioarte, a revista Nação Cariri, a revista Siriará (número único), o jornal Letras & Artes (prêmio da APCA para melhor divulgação cultural do país em 1990), a revista triangular Arraia Pajéurbe. Correspondente da revista espanhola El Passeante no Rio de Janeiro. Publicou os romances A Cachoeira das Eras, A Coluna da Clara Sarabanda (Moderna, 1979), Além Jericoacoara, o observador do Litoral (Nação Cariri editora,1982), Pedaços da História Mais Longe (com prefácio de José J. Veiga e apresentação de Bráulio Tavares, editora Impressões do Brasil, 1997), Maria do Monte, O Romance Inédito de Jorge Amado (Tear da Memória, 2008). Os livros de contos Ofos (Nação Cariri,1984) e O Romance que Explodiu (Editora da UFC, 2006, com orelha de Uilcon Pereira). O livro ensaístico Virgilio Varzea: Os Olhos de Paisagem do Cineasta do Parnaso (coedição da Editora da Fundação Cultural de Santa Catarina e da UFC, 2002). Tem ainda inéditos os livros Culinária Venusiana (poesia), Delta do Rio Suspenso (ensaios), A Outra Forma da Ilha (contos fantásticos), Teatro Submerso (dramaturgia para o fundo do mar), Solário (contos infantis).