SINCROMISMO: neologismo criado (em analogia ao termo sinfonia) pelo artista e músico americano Morgan Russell, em 1913, para designar a primeira vanguarda das artes plásticas, dentro do MODERNISMO, surgida com a presença de artistas das Américas. SINCRONISMO em grego quer dizer "com cor", "cores juntas". A abstração é o campo de exploração da cor para os sincromistas, ao mesmo tempo ligada às teorias de harmonias musicais, influência do pintor canadense Ernest Percyval Tudor-Hart. "Nosso sonho em relação à cor é uma tarefa das mais nobres. É por meio dela que pretendemos expressar e revelar a própria qualidade da forma", observam os fundadores do SINCROMISMO Morgan e Stanton MacDonald-Wright, em 1913, Paris, França, quando lançaram um manifesto apresentando as ideias centrais do movimento. A experiência estética do SINCROMISMO está bem próxima do ORFISMO, sendo a raiz de ambos o CUBISMO. O movimento cromático geometrizado em traços grandes foi a grande característica estética do SINCROMISMO. O movimento sobreviveu até após a Primeira Guerra Mundial, e influenciou muito as artes plásticas americanas. Autor e obra: Morgan Russell (abaixo).

 

SINCROMISMO: imagem da pintura Sincromia em Laranja,

de autoria do americano Morgan Russel, 1913-14.

 

SINTETISMO: Emile Bernard, Emile Schuffenecker e Paul Gauguin criaram o termo SINTESTISMO, uma teoria da síntese de temas e emoções. É considerada também (juntamente com o NABIS) outra variação do SIMBOLISMO. O ápice sintetista foi o final da década de 1880 e início dos anos 1890. Mesmo assim, as teorias do SINTESTISMO perduraram durante o século 20. Uma característica central da teoria é a delimitação da cor pelas linhas na cor preta. "Aprendemos primeiro a desenhar e depois a pintar, o que significa que aplicamos a cor dentro de um contorno preestabelecido, mais ou menos como uma estátua é pintada depois de terminada", atenta Gauguin nas Notas Sintéticas, escritas em 1888. Gauguin afirmava também que a linha e a cor podem ser expressivas por si mesmas, na pintura. Numa carta endereçada a Emile Schuffenecker, no mesmo ano de 1888, Gauguin chama a atenção: "Um conselho: ao pintar, não exagere na fidelidade à natureza".  Nisso, ele chama a atenção para o fato de que o mais importante é a intervenção da imaginação, memória e o sentimento do artista nas impressões causadas pela natureza ao pintar um quadro. Artista e obra: Paul Gauguin (abaixo).  

 

SINTETISMO: imagem da pintura Dia dos Deuses (Mahana No Atua, na língua do Taiti, quando o pintor retornou de uma viagem à ilha da Polinésia), do francês Paul Gauguin, 1894.

 

VORTICISMO: foi um movimento artístico de vanguarda, que visou romper com a tradição artística britânica, fundado em 1914 pelo escritor e pintor inglês, nascido no Canadá, Wyndham Lewis. Teve influência do CUBISMO, FUTURISMO, e, de certa forma também do EXPRESSIONISMO e ABSTRACIONISMO. O termo VORTICISMO (vem do latim VORTICE: redemoinho) foi criado pelo poeta americano Ezra Pound, influenciado pelas obras futuristas do italiano Umberto Boccioni, e aparece pela primeira vez no periódico Blast: Review of the Great English Vortex, fundado em 1914 por Pound e Lewis. Pound conceituou vórtice como "o ponto de energia máxima (...) como um nó ou agrupamento radiante (...) a partir do qual, através do qual e no qual as ideias transitam constantemente". A questão da velocidade (que vem do FUTURISMO) é a base da estética vorticista, que trabalhou com o estilo geométrico angular e formas semelhantes ás maquinas, demonstrando a exaltação da ciência e da técnica. O VORTICISMO teve vida curta e durou até 1917, quando estourou a Primeira Guerra Mundial. Exploraram quase todas as artes, além da literatura. Deixou um legado precioso: lançou as bases para a manifestação futuras da arte abstrata na Grã-Bretanha. Artista: Wyndham Lewis (abaixo).

 

VORTICISMO: imagem da pintura Red Duet, de autoria do inglês Wyndham Lewis, 1914.

 

 

maio, 2017