©marco di gioia

 

 

 
 

 

 

 

Poéticagora

 

 

nesteterno

mesmoutrofício: POESIAflora

sempreterna

 

eurrolvidesquecidos

estuporesórdidos

infinitasomas

 

quenfimorrem:

ALMA DESAPEGANDO-SE DA FÔRMA.

 

[São Paulo, 30/05/2016]

 

 

 

 

 

 

No Espelho

 

 

Tudo o que é humano me é estranho.

 

Se esse friso, gélido,

E os outros corpos, caricaturas,

E todo o entorno de nós, que é pedra,

Parece-te alheio, alien apolítico

Convergindo sempre para a solidão

E para o eterno rio subterrâneo,

 

Então, se esqueceres o nojo dos eventos,

A história cíclica da qual não faz parte,

As construções que erguem contra tua vontade,

As redes mefistofélicas do digital,

A interconectividade que não conecta a nada,

Poderei ser feliz.

 

Se te lembrares, magia,

Das ondas anticitadinas do mar, aquele

Da tua infância, avançando contra a cidade.

 

Se aceitares que tua condição de poeta é o eterno exílio.

Se aceitares a eternidade deste afagar do pelo felino.

Se aceitares, enfim, que teu espírito pós-moderno

Dê voz a nirvanas e panteísmos raros.

 

E assim, não em vão, com resignação e felicidade,

Daremos com a verdade:

 

Teus poemas não resolveram meus enigmas.

Mas os deixaram mais claros.

 

[São Paulo, 19/05/2016]

 

 

 

 

 

 

Resultado

 

 

Aqui, não em vão,

rasguei o sonho forjado na madrugada

e, rompendo esta nova mesma manhã,

resgatei, os, cacos, oníricos, enterrados,

nas. dunas. das. ho.ras.

in.cer.to.quan.to.às.cer.te.zas.

do.ou.tro.ra

(sa.ben.do.po.rém.que.O.bra

é.o.que.por.fim.r.e.s.u.l.t.a

d.o.d.e.s.p.e.n.c.a.r.i.n.s.o.n.e

p.ó.s.v.i.r.a.d.a.)

 

 

 

 

 

 

*

 

Nestaurorafora

Morreramortes

Deuforia

Maioresim

Quemeurronírico

 

Quandolheíntima

Noiterrível

Emim.

 

Masei

Queu

Vencereisso.

 

[São Paulo, 20/05/2016]

 

 

 

 

 

 

*

 

Meter na intenção de morrer,

Esgotando no esforço o frio dos dias.

 

Dentro de ti

Aqueço e guardo conceitos

 

Aqueles de um sonhado mundo

Impossível.

 

De novo e de novo

Presentear tua boca

Com o fruto maduro.

 

De palavras metafísicas

Inauditas

Trançamos nossos lábios.

 

Preencher tua garganta que devora

O novo ser

À procura de mais aurora.

 

Esgarçar teu universo,

Transpondo para a matéria

O sentido quântico do corpo.

 

Parcela minha e tua

Expelidas

Porque já somos outros.

 

[São Paulo, 25/05/2016]

 

 

 

 

 

 

 PRESO, A FORAGIDO

 

 

Nosso amor

No ar ardor

Do falar

 

Trouxe a atrofia

Do calar

Diante da ânsi

 

[Santos, 01/04/2016]

 

 

 

 

 

 

Dança do Século

 

 

         DIANTE DO PESO DA COMPLETA PRESENÇA

         NOVAMENTE EM FRENTE AO TORSO DESMEMBRADO

 

         RETÔRNO EXCELSO AO QUE É MAIS ALTO

         O AGACHAR DE NOVO EM MEIO AOS CACOS

 

         LEVANTAR SEMPRE AO SOM DO CÉU FORMADO

         DESCER SEM JAMAIS OLVIDAR DO DEBAIXO

 

         ADIANTE À FUSÃO DO SER ABSOLUTO

         MEIA VOLTA AOS ESTILHAÇOS DE VIDROS QUEBRADOS

 

         DA RAPINA DE OLHARES-ALTARES DO IMENSURÁVEL

         AO TATU DE PERLABOR SUBTERRÂNEO ENTERRADO

 

         FRAGMENTOS DE SONHOS QUE NOS FORAM DEIXADOS

         CONTRAPÕEM-SE AO FULGOR DE HABITAR NO EMPÍREO

 

         EM RUÍNAS-DESPOJOS AVISTAR O INFINITO

         DO INFINITO DEPOSTO OLHAR AS RUÍNAS

 

 

 

 

 

 

O Voyeur

 

 

Dois. Dois corpos. Dois corpos apodrecem. Dois corpos apodrecem um em cima do outro. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos e, de fato, os dois corações ainda batem. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos e, de fato, os dois corações ainda batem rumo à podridão. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos e, de fato, os dois corações ainda batem rumo à podridão inevitável. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos e, de fato, os dois corações ainda batem rumo à podridão inevitável: se for um homem e uma mulher, pode ainda haver continuação. Dois corpos apodrecem um em cima do outro, embora mantenham o frescor da juventude e a Libido, força dos vivos e, de fato, os dois corações ainda batem rumo à podridão inevitável: se for um homem e uma mulher, pode ainda haver continuação, mas se forem dois homens ou duas mulheres, não há procriação. Em ambas as bifurcações — em todas as bifurcações — o Tempo é implacável e dois corpos apodrecem.

 

 

 

 

 

 

Gérmen

 

 

Papel em branco, urgência de construir a Obra, escapo, desvio, me perco em corpos lábios alheios e foram tantos que esqueço o teu nome e quase nem sei mais o meu, uma promisdescuidade importante, digo isto a mim mesmo: promisdescuidade importante, em que dou as costas para a única coisa que vim fazer no mundo, pois a literatortura não pode estragar os meus 20 e poucos anos, não pode reduzir luar noite estrela sexo em meras palavras luar noite estrela sexo, não pode converter o centro lascivo do meu impulso fervilhão em arranhares de umas superfícies fajutas, não, não posso viver a introvertida vida corcunda diante da Obra oca, indiferente, inútil como a Bíblia ou a Guerra e Paz, vinda das mãos do exímio construtor do grande muro a separar os corredores de dentro dos corredores de fora, passarelas passagens de toques suores abafados e humanos, tudo isso em troca da sacralidade em deixar linhas versos palavras como essas daqui às gerações futuras, muitas delas nefastas a rasgar com unhas e dentes ou cuspir com bocas e línguas os livros, e outras a repetir declarar bendizer as mesmas linhas escarradas, linguagem em movimento a passar por muitas mãos bocas gargantas, uma promisdescuidade mais importante do que aquela anterior que recusei e recuso agora em troca de algum mínimo vislumbre do que matura germina neste instante momento, a Obra.

 

xxx

 

O sandeu na sand foge do horrorcausto de tantos corpos consumidos por sua gula e em voluntário exílio se põe a escrever. Sempre na eramá dos dias, em que é oscura a noite do deserto e no papel brotam os perversos. Ser fodido pela literatura dessa transmaneira, sofrer de promisdescuidade e de um terrível tédio, tudo isso aguentou aguentei aguentarei. // O Sandeu

 

xxx

 

aflição e dissabores. descaminhos. Eu te tenho em minhas mãos, Kierkegaard, mas Soren não entende de descaminhos, queres o que então, ah ah, um beijo tácito, um afagar de mãos, nada daquilo que eles chamam de niilismo, o único vazio real é a fome, nada de sussurros contra o cotidiano rotina, anti o Sol da manhã de segunda. Essa atração fatal não nos livrará da interrogação de depois. A única iluminação possível é a das lâmpadas. Metemos muito. Tantos demônios... Depois um descanso acalanto, um inventar carícias onde não tinha, um preencher de gestos em movimento dentro dos buracos espaciais, uma aproximação. O Kierkegaard não te conhecia, nem o Silêncio, nem o Vazio, eu abismo não te conheço, te esqueço, te ignoro, eu te amo a cada instante. é lícito te atrair até mim e depois do orgasmo sussurrar em teu ouvido angústias rotinas a serem superadas? não esperavas isso de mim, este instante momento letárgico diante do silêncio, não, logo eu, tão gostosinho, poeta sexy, logo eu, quero agora te falar do exílio de Ovídio, aquele cuja arte de amar não serviu para livrar-lhe da terra arisca estrangeira árida longe de Roma, e nós dois lado a lado estamos longe de nós mesmos e não há anistia possível nem salvação provável, por isso pergunto é lícito este instante momento em que te tenho nas mãos e posso te dizer que tua vida não passou de um engano? // Licitudes / Sussurros Heideggerianos

 

xxx

 

Estranho incômodo de certos fatos antes desconhecidos que nos chegam aos olhos: K não está só. Um ciúmes, um arrepender-se. A OBRA INCOMPLETA É SEMPRE A MELHOR. Talvez por um triz um sorriso apressado não tivemos nada. Tudo talvez por isso mesmo acreditar que sem ela eu virei gay. Não assim, meu holofausto importa em sentimento. Assim talvez, pois tal desvario laborioso não passa de um enorme muro de lubricidade construído apenas para ignorar a única paixão de minha vida, meu clichê pessoal não manniano. Tão persistente? A única. As mulheres me rejeitaram. A mais persistente. Sim, mas não mais que as pirâmides, por isso mesmo o que não mata nos torna mais fortes. Assim deito tudo abaixo, como um dia o Trem(p)o deitará Quéops, Quéfren e Miquerinos, e eu, pensarei ainda em K?

 

xxx

 

Ele se apaixonou por um assassino e soube do crime. lívido é sempre o Tempo quando encara o Futuro. dos olhos teus seria outra miragem senão meus próprios olhos refletidos, talvez árvore furta-cor a raiz despejando-se em certa terra e o ferido ódio não sabendo do desapego viral vital da natura. germina neste instante momento certa dor sussurrar de clamores e relâmpagos dentro da escuridão dessas quatro paredes. é sólido o tempo, mas nunca lívido, quando encara pedras vidraças e depois do embaçar solidão revelar ali a cara do Tempo. Te amo, sim, sem pedir lógica, acredito em ti como Hölderlin acreditava nos deuses gregos, enlouqueço por ti se necessário, porque dou as costas para a janela e LÍVIDO HÁ DE SER EU.

 

xxx

 

O fim, este imenso clarão, faminto de matéria, ávido de nada, visitante socialista, compactua comigo aos poucos, e prevejo o esmagar da totalidade das coisas, e depois disseminar dinâmico pela boca dos vermes, no interior dos campos, recomeço, parcela minha pelo ar, pela terra, nas águas, quero me converter neste erotismo, mas digo a mim mesmo: conceda a superfície, não negocie o essencial de ti, o teu mais fundo, não abrace o oscuro enigma transvestido de branca luz. Neste momento crucial digo retire de mim a capa do superficial, jogue-me para o outro lado do véu, e ao mesmo tempo sinto nostalgia dos dias e das horas, do Sol insistente e inútil que vai e volta, quero ficar, fincar meu corpo na cama, meu gato olhando-me com seus olhos azul safira como quem intui a despedida, não, como quem pede ração no pote vazio, a fome, a fome do clarão, a vida pulsando em todos os cantos menos em mim.

 

 

 

 

 

 

Ge.né.ti.ca / Tridivíduo Parte 1

 

 

Repara. Que. Quando. Te. Ausentares. Serás. Ocultação. E. Presença. Na. Mente. Daqueles. Que. Aqui. Ainda. Resistem. Caso. De. Fato. Tenhas. Passado. Aqui.

 

Se. Não. Tiveres. Passado. mero. vulto. Então. Peça. Que. Haja. Volta. E. Quando. Voltares. Que. Teus. (Novos). Passos. Incendeiem. O. Mundo.

 

Oh. Pai. Devolve.me. O. Corpo. Alma. Roubaram.me. A. Alma. Deram.me. Outro. Corpo. Que. Não. O. Seu. Meu. E. Eu. De. Fora. Testemunha. Que. Sou? Egoísmo. Pensei. Puro. Egoísmo. Querer. De. Volta. O. Morto. Revôlto. às. voltas. o. morto. sendo. que. todos. os. mortos. tem. seu. destino. próprio. Assim. também. nós. vivos. Assim. eu. te. querendo. a. cada. instante. outro.

 

Adotei. Os. Gatos. Para. Corrigir. Minha. Solidão. Não. Adotei. Os. Gatos. Porque. Desde. Pequeno. Eterno. Fascínio. Diante. Do. Animal. O. Mistério. Deles. Silêncio. Felino. Miado. Necessário. Durmo. Com. Eles. Eles. Me. seguem. Brigam. Brincam. Atrapalham. Minha. Escrita. Meu. Fluxo. Nervoso. De. Inconstante. Frequência. Interrompem. Assim. Como. Aquela. Grande. Dama. Que. Te. Levou. Já. Fazem. Quatro. Anos. Sem. Ti. Fui. Jogado. Aos. Leões. Sem. Ti. Cresci. Antes. Do. Tempo. Amadurecido. Eu. Penso. Em. Ti. Que. Estás. Agora. Em. Nenhum. Canto. Algum. Eu. Canto. Tua. Vida. Ajoelhado. Eu. Te. Tocando. Eu. Morri. Eu. Morri. Não. Ainda. Estás. Aqui. Te. Toco. Não. Eu. Morri. Tô. Morto. De. Fato. Semanas. Depois. Estavas. Morto. Não. Quero. ir. em. ve. ló. rio. Não. Quero. Enterro. Fico. Aqui. Sozinho. Com. O. Lustro. Maravilhoso. De. Tua. Memória. Sorriso. Abençôo. Teus. Erros. Vai. Alma. Boa. Homem. Bom. Estás. Salvo. Iluminado. De.vo.ro.me. talvez. por. isso. não. te. tenho. mais. Te. engoli. Acredito. No. Cosmos. Não. Quero. Empregos. Acredito. Na. Poesia. Vou. Morrer. Logo. E. Te. Encontrar. Quem. Sabe.

 

Eu. te. registro. aqui. Eterna. Figura. Reverbera. Teu. Legado. Ao. Menos. Em. Mim. Teu. Filho.

 

te. procurava. buscava. o. Pai. cavei. buracos. desfiz. rastros. fui. fundo. caí. em.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismo. propositais. Fui. Longe. Desvão. Só. para. dar. conta. No. Fim. De. Que. Estavas. Em. Mim. Para. Todo. O. Sempre. Difícil. saber. onde. tu. terminas. e. onde. eu. começo. pois. também. estás. aqui. quando. não. estás. quando. tua. voz. é. somente. memória. imaginação. quando. tua. ausência. é. outra. vez. presença e. te. vejo. em. mim. nos. es. pe. lhos. e. falo. com. tua. bo. ca. olho. com. teus. olhos. e. esta. minha. tua. postura. e. xis. ten. cial. diante. do. mundo. guia. sur. pre. ende. revela. Te. amo. A. mál. ga. ma. Ge. né. ti. ca. Não. sei. se. me. es. co. ndo. em. ti. ou. se. já. não. sei. mais. quem. sou. com. tan. tos. res. quí. cios. teus. dei. xa. dos. em. mim. Não. e. nem. quero. saber...

 

Sem. Ti. Fui. Atirado. Aos. Leões. Sem. Ti. Cresci. Antes. Do. Tempo. A. ma. du. re. ci. do. eu. penso. em. ti. que. estás. agora. em. algum. canto. nenhum. Canto. Tua. Vida. Garganta. Aberta. Mãos. Ágeis. Sem. Ti. Ocultação. E. Presença. Mas. Registro. O. Lastro. Luminoso. De. Tua. Memória. Te. Busquei. Nos. Vãos. Em. vão. De. Outras. Almas. Nos. Chãos. E. Nos. Céus. N. O. S. R. A. S. T. R. O. S. E. P. I. S. T. A. S. Nos. ventos. respirados. por. tua. alma. Cavei. abismos.

 

abismos.

 

abismos.

 

abismo.

 

Fui. Fundo. Num. M. e. r. g. u. l. h. o. Sem. Volta. Para. Me. Dar. Conta. De. Que. Estavas. Em. Mim. c. a. c. o. s. d. u. m. o. u. t. r. o. s. e. r. d. e. c. a. n. t. a. d. o. Eu. Devoro.me. Talvez. Por. Isso. não. te. tenho. Difícil. saber. onde. tu. terminas. e. onde. eu. co. me. ço. pois. também. estás. aqui. quando. não. estás. quando. tua. voz. é. so. men. te. me. mó. ria. i. ma. gi. na. ção. quando. tua. au. sên. cia. é. outra. vez. presença. e. te. vejo. em. mim. nos. es. pe. lhos. e. falo. com. tua. bo. ca. olho. com. teus. olhos. e. esta. minha. tua. pos. tu. ra. e. xis. ten. cial. diante. do. mun. do. guia. sur. pre. en. de. re. ve. la. Te. Amo. Não. sei. s. e. m. e. e. s. c. o. n. d. o. e. m. t. i. o. u. s. e. j. á. n. ã. o. s. e. i. m. a. i. s. q.u.e.m. s. o. u. c. o. m. t. a. n. tos. res. quí. cios. teus. dei. xa. dos. em. mim. Não. e. nem. quero. saber...

 

                  

 

 

 

 

 

 

 

 


Fernando Graça. Escritor, poeta, dramaturgo e cineasta, nasceu em 31 de julho de 1993, em Santos, e reside em São Paulo. É colaborador, desde 2011, do E-Dicionário de Termos Literários [www.edtl.com.pt], portal acadêmico alimentado por estudiosos de Brasil e Portugal, onde pesquisa e escreve sobre literatura de forma técnica. Em 2006, então com 13 anos, teve um conto publicado em coleção da Câmara Brasileira de Jovens Escritores e, desde então, dedica-se à poesia e à prosa. Adota uma postura estética radical influenciada por poetas e artistas de vanguarda. Escreve os blogues 666, Espírito Santo e Ensaios e Opiniões.