Fernanda Bienhachewski | Cósmico, 2020]
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(...) "A representação do corpo através da arte cruza os tempos e vem eivada de simbolismos dos mais diversos. E há quem traga em seu ofício um olhar marcado pelos apelos sobretudo poéticos, fazendo com que um conjunto de subjetividades se torne protagonista. Aqui chamo a atenção para o trabalho de Fernanda Bienhachewski, que faz de seu enleio artístico também um acesso para a expressão de narrativas humanas.

 

Devo ressaltar que há nos desenhos de Fernanda uma construção especial de pontes com o mundo através da exposição do corpo feminino. E este corpo é como um instrumento de diálogos sensíveis entre a natureza, o cosmo e o humano. Nessa confluência de eixos, a mulher é protagonista num cenário que sabe a mistérios, desejos e inquietudes, mas que também leva em conta a profundidade dos sonhos, sejam eles quais forem.

 

Ligada desde a infância às artes visuais e à literatura, Fernanda Bienhachewski tem seu trabalho também marcado por temas como o cotidiano, relacionamentos e questões existenciais. Estas últimas, diga-se de passagem, conferem à obra da artista certo tom filosófico, momento em que seus desenhos flertam com indagações da ordem do humano, envolvendo processos de consciência e busca pela compreensão do ser/estar nesse nosso vasto mundo que é, por natureza, repleto de dúvidas". [Fabrício Brandão, aqui]

 

 

 

 

(...) "Em Fernanda Bienhachewski, encontramos um universalismo que resulta do encontro e subsequente expressão das perenes inquietações humanas, operado através da sondagem nas profundezas abissais do “eu” da poeta. E nessa sondagem, ou melhor, no percurso de suas espirais, orbita uma poesia que acaba por projetar-se para fora do “eu”, no encalço dos magnos problemas e planos cósmicos. O seu “eu” se estende até um limite no qual o leitor acaba sentindo a mesma força, o mesmo impulso energético que, intuímos, preside a Natureza e o Cosmos, enquanto conjunto de coisas e seres que a mão do homem não transforma. Como um grande espelho em que a arte se mira para traduzir os grandes dramas da condição humana. Resta-nos finalmente, a expectativa de que esse primeiro livro da autora seja ponto de partida para novas incursões no universo do humano onde ainda há tanto a explorar". [Krishnamurti Góes dos Anjos, aqui]

 






 

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