©sguimas
 

 

 

 

Anatomia da pedra

 

 

Pedra sobre pedra, a primeira camada

é feita de pura pétala,

a primeira pele da infância,

e se persistente, eis o início

até o diamante, ou a esmeralda,

ou o rubi, ou ainda as pérolas,

codificadas, protegidas desde quando

por um mesmo escudo de águas sobre águas.

Dizem que são os peixes, que são as sereias

que desenham aquele círculo perfeito, cada vez mais raro.

É rosa, não é pífia, é sempre excepcional a maresia,

como são atípicas (superiores)

as gaivotas amáveis, por alto invulgares,

como são também as rosas e o feio coração.

Nele a flecha de Oxóssi, filho de Oxalá e Iemanjá,

nele, na pedra o azul egípcio colorindo a superfície problemática.

 

 

 

 

 

 

As máquinas do mundo

 

 

Uma máquina de fazer nuvens,

fábrica egípcia de procurar azuis,

uma usina de esclarecer o sol na tua pele,

no teu olho castanho, o teu olho castanho,

engenho, tão engenho de, céu profundo

(as estrelas ficaram fora de si, quando te vi.

As estrelas estão fora da noite, caladas,

coladas a que asas, por isso brilham,

mesmo as que não existem,

imóveis no céu e no tempo).

Uma engenhoca de restituir

à árvore o papel da árvore.

Um mecanismo de produzir lilases

(música para balançar o esqueleto).

Um ardil para medir de orquídeas

os pequenos olhos das gaivotas.

Um trampolim de levitar o outono das folhas.

Desejo. Uma alavanca para crescer o corpo,

para pro mar, abrir janelas.

Pouco. Uma voz para cantar

no escuro, da noite também.

Simples. Também faço silêncio

em tempo recorde.

Sopro, vinho e absinto, rosa castanha,

lua longa, plural de ventos,

senti um aperto no peito, era ela,

a moça nos meus pensamentos.

 

 

 

 

 

 

Noblesse oblige

 

 

Rei? Tenho a postura de um pássaro.

Perdi a minha boca, o meu hálito, a minha saliva,

os meus cabelos, que não adianta o auxílio dos espelhos,

diante dela.

Montei armadilhas, mas perdi os meus olhos cafonas

pouco mais que ávidos, bem-postos, diante dela.

Os meus olhos quase inúteis,

mas não para o que dizem as gaivotas.

Rei? Tenho a postura de um pássaro, diante dela.

Pequena, menor do que uma só gota de chuva,

ela no temporal.

(A poesia secreta).

Samonga, cã, cão cabreiro, ela,

transigente diante da cautela

das mulheres frágeis, dos patinhos feios,

das orquídeas, dos cisnes negros.

Sorrateira, sempre atrás do azul, antes do lilás,

anterior e dentro da (tua) noite,

ela em ti, em ti mesmo fechada.

 

 

 

 

 

A palavra limpa

 

 

A palavra limpa a pedra.

A pedra limpa a.

De pedra, a palavra

doida de, dela mesma.

A palavra carrega nas costas um continente.

A palavra Budapeste, conluio, a palavra.

Dentro dela, carvão, diamante.

 

A palavra que será palavra.

O grafite suja a palavra

relva, por exemplo.

Não existe nas palavras

nenhum tipo de peso,

neca de fardos, de sombras,

mesmo que o verbo seja espinho e distância.

 

Nelas, sementes parciais

que se desdobram em nuvem,

neblina, carrossel que não fere,

mas que desorienta,

mas somente o necessário

para continuarmos, leves,

nessa ciranda sem volta.

 

Amor. O verso.

A palavra é toda lisérgica.

Falo, como, bebo e fumo.

Beijo. Carrego mulher e filha, entredentes.

Meio cão, recito e trago, inteira,

a vida mordida nos lábios, as palavras.

Quando você me dirige, a palavra,

a selva fica mancha de pássaros.

 

A borboleta limpa

limpa suas asas

na palavra pedra,

na palavrasa.

A palavra limpa os trâmites.

Os trâmites sujam a pedra.

A palavra limpa a

palavra carrega nos olhos um continente,

uma inteira tribo, um campo de gardênias.

 

 

 

 

 

 

A leveza é irmã das águas

 

 

Saudade. Estamos a ver navios.

Depressa, venha só.

Do front, das linhas inimigas, da mais pura,

da mais distante primavera,

ou do cerne das trevas,

de qualquer fauna ou flora.

Não diga ainda, contudo,

da essência de todas as cirandas.

Não se trata de seguir as regras,

de sermos menos ou mais afáveis

diante e dentro do caos

ou do silêncio necessário,

independe do ponto de vista.

 

Ontem olhei a chuva nítida:

ela estava de passagem,

como a paixão, a malícia e a honra.

Não se trata de fazer correlações.

 

Saudade:

(o que mais há no escuro é paisagem).

Vencido, desprotegido, aguardo,

vulnerável como um abismo,

mesmo que todos ainda não saibam

da nossa extensa capacidade de escrever águas.

Trata-se de conversar com as árvores,

de conhecer o próximo, de saber o máximo

sobre aquelas raízes profundas

e sobre os peixes submersos,

cruciais para a alegria das águas,

e escrever, escrever e escrever.

 

Ainda que não ecxistam linguagens compreensíveis.

Até o inverno, até aquela primavera, que seja,

quando estaremos juntos novamente.

Sabe-se que é principalmente no outono

que as coisas todas se igualam

ou ganham uma espécie de parentesco

com as folhas que se desprendem

como se nada fossem,

como se a leveza fosse irmã

de um destino comum

não somente reservado aos deuses

e aos pássaros que fingem

dessaber das estações.

 

 

 

 

 

 

O lado minguante

 

 

Pedras celestes,

lua, ou algo assim,

quando tudo escorre

pelas mãos abertas, prontas,

estendidas até o fundo do poço,

sem pausa e pulso firme,

de onde, quando se diz,

poema.

 

Crescente, novíssimo assombro,

brilhobreu, todointeiro,

o lado minguante é gauche,

não é astuto, palpável de espinhos.

Não, é preferível estar só.

 

(Poesia).

Dizer, dali, como quem diz,

condizente das coisas ásperas.

Dizer, conjurar com os azuis inteiros,

maquinando trecos

para outros préstimos,

menos celestes, mais nós,

mais para o cinza, de lunas,

no universo do dia contínuo.

Como se fosse possível

alertar os olhos

para literalturas,

espaço(s) em pássaros.

 

Dizer de cílios, cores, sombras

de perto, arrepios, como ferrões sem dor.

Dizer, chamar povo e polícia

para apaziguar, alguém precisa

na urgência, debaixo da lua blanca,

de um texto de palavras.

Primeiro sonham,

segundo dizem,

aquilo de se Deus quiser, etc,

é questão de tempo e paciência

no emaranhado limbo.

 

Palavras.

Tenho um sol de coisas:

fármacos! mármore! conluio! acaso!

Alguns corações anoitecem mais cedo.

Chegou a noite, e com ela a poesia.

Dorme o lado triste

de liames com a luz.

 

 

 

 

 

 

Dos oboés, das rosas, dos antúrios

 

 

Hoje sei da importância dos oboés,

antes, como hoje, relegados a orquestra nenhuma.

Foi preciso para tanto

a anuência dos pianos tolos,

a aprovação dos pássaros

e dos dias indiferentes.

Mas tudo ficou antigo.

Ficou tarde para vindicarmos

(eu e mais quantos, quando muitos,

somos poucos, os poetas)

cargos e comissões.

 

Sem saber, não sabíamos

que sempre estivemos

no mais alto pódio,

no mais alto escalão

de governo nenhum.

 

Poucos souberam, poucos sabem

daquele fogo que ainda nos consome,

siderada, a pouca poesia.

Hoje entendo o porque

daquele todo carinho

de quando éramos namorados.

Lembro que tínhamos um cão.

Não nos faltou transparência, pois não,

nem muito menos alegria.

Talvez assertividade, talvez.

Era, ainda é a delicadeza

que acordava e consumia os dias,

era a ternura que vigiava, que vingava,

que ampliava a coragem daqueles oboés

descabidos, desacreditados, insuficientes,

por causa mesmo das primaveras

que trazíamos nos dentes,

naqueles acordes ternos, graves, inconvenientes.

 

Hoje sei de cor e salteado.

Pouco importam as crianças, os pintores,

os poetas e os maestros, exigentes.

O fotógrafo Eugene Smith adorava jazz

e tinha o dom da invisibilidade.

Rosas, flautas, oboés reduzidos a fragmentos.

Erra aquele que não se desintegra.

Eis o crime e os castigos decorrentes:

os oboés, as crianças preservadas dentro do homem,

portanto, na mais ampla e sólida solidão.

Hoje sei, nada pode diante do amarelo,

nada atrapalha a função dos girassóis.

É terrivelmente eficaz o vermelho dos antúrios.

Sabem também as rosas, é sempre promissora

e nobre a função e a intenção dos espinhos.

A beleza ainda é a maior das ameaças.

 

 

 

 

 

 

É longo e demorado escrever a palavra contraproducente

 

 

Nenhuma (ou quase nenhuma)

aversão ao círculo das horas.

Nada a reclamar da eficiência das máquinas,

que são autênticas e cumprem suas funções como se

deve.

É inútil tentarmos interferir na missão das rosas

e no inevitável enredo da memória

que colore e recria como pode

a passagem dos antúrios e dos ipês

que estavam durante a primavera.

 

É longo e demorado escrever a palavra contraproducente.

Não enxergo contradições entre o infinito,

a breve alegria da infância

e os liames atemporais

que conectam pais e filhos.

 

Todos os poemas nos deram tanto,

por isso ainda funciona o coração

de todas as engrenagens.

Não mentiram as cartas do zodíaco.

As ondas da baía de Waimea

não raro atingem vinte metros de altura

e nunca que passa a saudade dos barcos.

São quase espertos os anjos

que protegem os mecanismos

que controlam o tempo

que cabe em cada estação.

Primavera. Tempo.

 

Não sinto frio diante do teu semblante mágico.

Para além dos teus limites existirá uma rosa nua?

É inútil tentarmos monitorar

a vontade dos pássaros,

que surgem bem-vindos

sabe-se lá de onde,

que passam rápidos

como e quando querem

nas horas mais improváveis

e estúpidas, que só eles

reverenciam e conversam

com as coisas que nada sabem.

 

 

 

 

 

 

Dentro

 

 

Dentro — do mundo

existe uma série de coisas,

bichos, pedras, sementes,

o ingênuo breu,

um fiapo de luz,

e a urgência,

triste, tênue, quebradiça.

 

Dentro — aqui

uma pessoa, eu,

folha solta, no chão

de dentro de uma árvore

(míssil ao céu),

uma árvore propensa, febril,

ultrapassada de pássaros desprovidos

sem um rumo, sem um norte natural

 

Dentro — no vento.

Dentro — no ventre

de vidro feito

de delicada água

insubmissa.

 

Dentro,

submerso nos teus olhos.

Dentro.

Dentro,

ainda e sempre

dentro

do teu cheiro.

 

Dentro da máquina escrota.

Dentro (contumácia)

de Deus

e pronto.

 

Dentro

do nada,

do sempre controverso.

Cada vez mais

dentro

do escuro.

 

Dentro

de um grande rio submisso.

Dentro

do amarelo imenso,

do ilimitado, no pequeno frio.

 

Dentro

da beleza estranha.

Dentro,

sim, da poesia

dos desenhos que fiz

na infância.

Ainda dentro

daquele esboço.

 

Dentro,

o ídiche, signo de (des) pertencimento,

a poesia sempre arcaica.

 

Dentro

para finalmente conseguir enxergar

a luz no trival de antes,

isso que voaria

(levando pedaços de silêncios)

desprovido do excesso de ornamentos

como pode e devem ser os lilases,

as borboletas e as rosas.

 

Dentro

do que era para ser,

dentro

do que — ainda —

não veio,

isto que pode estar

nas nuvens, prestes,

no mais alto plúmbeo.

 

Dentro,

para dentro,

mas para caber, para dar espaço,

cada dia mais

(sumindo aos poucos)

um pedacinho a menos de nós

nessa dialética estranha:

cada dia mais

um pedacinho nosso

incorporado alhures.

 

Dentro,

cada vez mais

destemidamente

desprotegido

soterrado

cada vez mais

encostado em ti.

 

Até brotar, até colhermos,

sem medida, no sem sentido

mais exato, no mais que justo,

rosas particulares.

Mulher e filha,

dentro

das duas, três,

dentrodeus.

 

Dentro

ainda e sempre

no ventre da vida: eu.

 

Dentro,

um nome medo,

refugo,

mas também refúgio

para tropicados e vencidos,

onde o poema,

nosso maior rival,

não ganharia do vento,

do mar na praia nua.

 

 

 

 

 

 

Lista de pequenos milagres

 

 

Hoje a noite nasceu com a mesma idade do agreste.

Os pássaros não guardam lugares quando levitam.

Os ipês aceitam com naturalidade a incidência

do amarelo ouro com a mesma gratidão

com que adoram o luxuoso lilás

que se enxerga púrpura.

As árvores não guardam rancor do outono

da mesma forma que existem coincidências

entre o mar, o céu e o azul de certas borboletas.

A soma das partes, vi um pássaro vermelho, azul, branco,

meio rosa, de um verde lisérgico, sem ornamentos.

De nada sabem desses mistérios e alegrias

o verde musgo, o acerbo verde das fardas

de quase todos os capitães e coronéis.

Eles são apenas tristes e desconhecem,

eles não sabem que são inúteis

os socos e gritos da caserna.

Eles não sabem gostar dos dias

que precedem o inverno imprescindível.

São feitos de fuzis e asco

o sinônimo de nenhuma infância.

Quase tudo sabe em Deus,

o resto aguarda fechado em si o fim

de um inútil duelo de espadas.

Nada tem a perder e nada dizem os liames

que amarram o começo e o fim das estações.

Os olhos e os corações

dos amantes, as rosas vermelhas e os antúrios

guardam outras qualidades,

uma outra espécie de fúria,

por isso não ficam indiferentes os gerânios

quando termina a primavera

e não lamentam as pedras a ingerência

das violetas nos assuntos de Estado.

Poucos sabem da empatia que surge

entre os elementos da tabela periódica.

Não são apenas números e suposições, não pode ser,

se são abraços que unem uma palavra a outra, um dia a outro.

Podem mais os filhos, quando querem.

São imprecisas as comparações entre uma coisa e outra.

Dura quantos poemas a delicadeza, a elegância,

o drama, a sutileza de coreografia nenhuma?

São repetentes as rosas que se espelham

nos pressupostos da antiginástica

das nascentes e dos monges

que amam a lentidão das cerejeiras

que crescem no Japão.

São razoáveis para a poesia os aclives das cordilheiras

e os declives favorecem o percorrer dos rios tolos.

 

 

 

 

 

 

Do céu, o barro do chão

 

 

A casa pertence ao barro,

a sua pele inicial.

O pássaro não,

de sete jeitos mais leve

que a pedra e o mar marinheiro,

ele sempre em trânsito,

de cais em cais.

A casa, se diante do imenso mar (agora ameno),

enxerga o devagar do movimento das águas,

o passear dos barquinhos,

até o longe, que os fazem de menos.

A casa, que sabe da maresia

que interfere em termos de perfumes

e no vermelho-alaranjado da ferrugem.

Setentrional ou meridional, o mar

também pertence ao barro,

à argila de outras pedras, ao sol em si.

Dizem que de pérolas, que pertencem

ao marulho, elas feitas do carmim.

Nada se perde, só o medo

que tinha do escuro a lua nauta,

similiar, mãe e irmã do encanto das estrelas.

Sim, não tem mais jeito de dissimular

a manhã, o sol indisfarçável.

Os olhos, a boca, os cabelos.

A pele da mulher

é a primeira pele do homem.

Os índios, no quase voar das gaivotas,

a rosa mesma em si, da família dos querubins,

das quase orquídeas, os cães e as cadelas

de Hilda Hilst, no além do estágio da poesia.

Diferentes dos barcos, nossos corações

não foram feitos do aço flutuante,

seremos sempre náufragos.

Do amor, as entranhas,

que do barro são feitas de.

Só é inimputável o coração menor.

A alta escolaridade da música

(queria dizer do castanho,

mas não posso mais).

Só é preciso o lilás sem literaturas.

E tudo será visto, e tudo será vasto,

flores agregadas, abraçadas

a coisa nenhuma, a não ser

ao breu do barro pronto.

Só a lua basta-se e mesmo assim

até a bela míngua,

mas cercada de papoulas.

O cão, general, pertence ao homem

que pertence ao cão,

o gato não,

de nove jeitos mais leve

que a pedra, o pássaro

e o incalculável mar

no ton sur ton da tarde lilás.

 

 

 

 

 

 

Todas as luas são tristes

 

 

Aprendi, antes da escola.

Me disseram, era uma mulher,

são sempre as mesmas pedras,

os mesmos rituais,

a mesmíssima sede, ela disse.

Critérios, códigos, hierarquias,

nem sempre são as mesmas senhas

de abre-te-sésamos.

É a mesma engenharia,

são as mesmas receitas

dos mesmos médicos

para a cura de males distintos.

É a mesma saudade,

a mesma ardência,

são os mesmos lilases

das mesmas lágrimas.

Há controvérsias sobre a existência

da última galáxia, do último planeta,

da última estação, do derradeiro cais.

Não estamos no mesmo barco!

Que por lá são naves.

Mas é o mesmo descompasso,

são as mesmas traições, os mesmos romances

que ficaram para sempre no vácuo,

na antiguidade que desorienta

gregos e marcianitas.

Cismam as mesmas gaivotas,

choram as mesmas donas de casa.

Os corações são os mesmos,

estúpidos, tímidos, libérrimos!

São as mesmas histórias,

dos mesmos Pinóquios.

(Nem quero pensar sobre

a eficácia do napalm).

É a mesma química,

são os mesmos acordes

de batuques incomuns.

São os mesmos textos

de pergaminhos dessemelhantes,

ciganas, outras e maiores luas

interferem nas marés dos mesmos mares.

Nenhuma entidade respeita limites e fronteiras.

Poucos perceberam que são universais

os pássaros que não descansam

desse estranho ir e vir,

por isso, talvez, aquela plumagem.

Foi assim que os astronautas aprenderam a voar.

Hoje, me disseram, me explicaram os pássaros,

que são as cores de todos os crepúsculos e ocasos

que desconcertam a alegria dos ipês.

O mesmo azul que faz crescer

em março o violeta das violetas

e vê nascer outras rosas

em contextos diferentes

e primaveras desiguais.

 

                  

 

 

 

 

 

 

 

 


André di Bernardi Batista Mendes nasceu em Belo Horizonte. Poeta e jornalista, publicou A hora extrema (1994, obra vencedora do Prêmio Álvares de Azevedo, da Academia Mineira de Letras), Água cor (1997), Longes pertos e algumas árvores (2002), É quase noite no coração daquelas águas (2009), O ar necessário (2014), O lado minguante (2022) e o infantojuvenil Esse bicho sou eu (2015). Participou das antologias Amar, verbo atemporal — 100 poemas de amor (2013) e Pelada Poética (2014). Tem poemas e resenhas publicados no Suplemento Literário de Minas Gerais e nas revistas eletrônicas Tantas-Folhas, Sibila e Caliban, de Portugal.

 

 

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