sumi
semi
nu
numa
duna
duma
dona

 
 
 
 

nós
nus
:
um
+
um
=
hum!
 
 
 
 
 
 
era
hora
do
amor
ora
era
eros
ora
era
hera
 
 
 
 
 
 
revelo
 
me
em
teu
 
relevo
 
 
 
 
 
 

silencio
ao
te
ver
se

cio
 
lascívia
ao
te
ver

se
via

 

 

 

 

 

vênus
nos
vê nus

 
 
 
 
 
 
amemos
a menos
que amor
de vênus
seja menos
com camisa
de vênus
 
 
 
 
 
 
monumento
tu
nua
num
momento
sem
nem
um
movimento
 
 
 
 
 
 
à meia-noite
amei-a
à meia-luz
 
 
 
 
 
 
uma dama
em chama
me chama
pra   cama
 
 
 
 
 
 
há fogo
em teu
afago
 
 
 
 
 
 
ateou-me
o teu fogo
meu fôlego
se foi logo
 
 
 
 
 
 
posso ir
te
possuir
?
 
 
 
 
 
 
teu corpo
não se
comporta
mas me
comporta
 
 
 
 
 
 
seios
sei as
tuas
duas
luas
nuas
 
 
 
 
 
 
ela
+
eu
ah
meu
deus
não
é
à
toa
que
deu
no
que
deu
 
 
 
 
 
 
tem
dia
que
tem
sol
tem
dia
que
tem
lua
tem
dia
que
ela
diz
não
tem
dia
que
vem
nua
 
 

 

 

 

ver-te
não
me
converte
mas
me
perverte

 
 
 
 
 

ama nua
numa
cama
há uma
calma
com
fusão
de
corpo
e
alma

 

 

 

pela púbis sua relva doce que desce do seu
ventre e vem te trazer pra mim pra minha
libido de lambidas das idas e vindas
dessa língua que ávida te suga
tua vida que não míngua
e me divide diviniza
musa me usa
e lambuza
nesse
corte
em
V

 
 
 
 
(imagens ©tchello d'barros)
 
 
 
 
Tchello d'Barros é catarinense de nascimento (Brunópolis-SC), nordestino por opção (sediado em Maceió-AL), e cidadão do mundo por vocação (com deambulações por 20 países), exercendo-se nas lides da Literatura e das Artes Visuais. Depois de 5 livros de poesia experimental publicados e mais de 10 individuais de desenhos, fotografias, pintura, infogravuras, instalação, vídeo, site-especific, performances e manifestos, o designer hoje atua ainda como produtor cultural e editor independente. Mais aqui. Seu site.