D
As mãos, ansiosas e curiosas, percorriam o corpo quente. Este,
exposto e disposto, permanecia inteiro e cordeiro. Há muito
ela deseja a experiência. Sempre sentiu forte atração
pelo tipo. De contato. Forças íntimas, superiores e
naturais, empurram-na ao ato. O ato de fato, fruta no prato, aguardava
a faca que haveria de penetrá-la. Penetra-se o bolo de aniversário.
Acende-se a vela de aniversário. Canta-se a canção
de aniversário. Como se vence o adversário.
As mãos, ágeis e responsáveis, respondiam aos
destinos distintos:
— Não! contesta o bolo na medida (enquanto) que receberá
a lâmina. E depois? Que faria de meu resto?
— Sim! anima a lâmina. Lágrimas molham os vincos.
Os vincos cederam facilmente sob pressão, direção
e tensão.
A
Os nãos, sem sentidos e esquecidos, escorriam no corpo estendido.
Este, pasto e repasto, permanece cordeiro e inteiro. Há muito
ela passa pela experiência. Sempre vivera deste tipo. De contato.
Forças exteriores, inferiores e artificiais, ensinaram-na fazer
o ato. A falta de tato, gazela no laço, aguardando boca que
haverá de consumi-la. Consome-se o sanduíche de viagem.
Devora-se bauru para viagem. Se pára para comer em viagem.
Como se perde a coragem.
Os sins, corretos e discretos, confundem, dentro da morfologia, flexão.
Flexão do corpo nas reflexões do coração.
— Sim! constata o bolo à medida recebendo a lâmina.
E depois? Darei destino ao resto.
— Não! insiste resiste. Teria outras viagens por fazer.
O meu fazer cede dificilmente ao querer de tantas pressões,
mãos, nãos, vãos; meu pão.
F
Os olhos, desejosos e furiosos, desligavam-se do corpo discente. Este,
medroso e curioso, permaneceria primeiro porteiro. Há muito
ela espera por experiência. Sempre sonhando corte da fita simbólica.
Forças femininas, inferiores e potenciais, empurrariam-na ao
ato. O tato do ato, fruta no prato, aguardará lâmina
que há de inaugurá-la. Inaugura-se escola. Freqüenta-se
uma escola. Aprende-se na escola. Como se passa sem cola.
— Não! desiste persiste. Teria afastado a lâmina
se fosse sábia e tola. E depois? As ausências e freqüências
no resto.
— Sim! anima a lâmina. As lágrimas continuam molhando
o rosto roto. Vincos (no rosto) face as caras, sucessivas e diretas
pressões sem reflexões do coração. Marca
do tempo no corpo convida.
O
As bocas, caladas e coladas, complementariam e instigam o corpo dormente
(de trilhos e trens). Este, mordido, ferido e percorrido, permanecerá
pista e exposto. Há muito eles se mordem assim. Não
por fome. Sempre a delícia do contato. Do tipo. Forças
masculinas, superiores e artificiais, empurraram-na ao ato. A nata
do ato, língua no prato, limpando todo creme, já pago.
Compra-se sorvete. Lambe-se o sorvete. Acaba-se com sorvete. Como
se sente o que derrete.
— Sim! Ânima. Teria perdido o fôlego da vida se
a lâmina fosse comprida como língua esponjosa, impregnada
de resumos e sumos de sonhos. E depois? O aproveitamento do resto.
— Sim! Sentido concentrado e consentido nas bocas magras e cheias,
conhecidas e freqüentadas.
M
Os corpos, colhidos e recolhidos, retorcidos, tomando o espaço
do corpo ausente. Este, distante esperante, permanecendo inteiro na
memória. História. Há muito ela desejou retê-lo.
Novelo que se desenrola enrolando. Sempre sentiu forte atração
pelo corpo irmão (a tampa do caldeirão). Forças
íntimas, interiores e sentimentais (anormais e amorais), impedem-na
do ato. A falta do ato, fruta que sobra no prato, aguardou a empregada
que haveria de recolhê-la. Abandona-se o bolo de aniversário.
Como se entrega ao adversário.
As mãos, frágeis e pajens, contrastavam aos apelos dos
instintos distintos:
— Não! talhava-se o bolo à medida que recebia
a lâmina. Faca afiada, viciada, acariciada. E antes? Que iria
fazer de seu resto?
— Não! anima a lâmina. As lágrimas de agora
cobrem os vincos passados. Os vincos cederam se superpondo facilmente
sob pressão de novos corpos, repetecos e tensões.
E
As mãos cansadas e acostumadas, percorrem o corpo aquecido.
Mapa da mina explorada. Este, exposto e indisposto, permanece cordeiro
cordeiro. Há muito ela tenta a experiência. Sempre a
forte atração por novo tipo. De contato. Forças
íntimas e últimas, naturais, normais, materiais e morais
intimam-na ao ato. Farta de fato. Nova fruta no prato, aguarda faca
que continuará a retalhá-la. Como no açougue.
Ou retalha-se o bolo de aniversário. Sobre ele as velas do
aniversário. Contam-se canções em aniversário.
Como se ignoram os adversários.
As mãos, ágeis, responsáveis e frágeis,
fiéis correspondentes, reportam aos destinos, instintos, distintos,
extintos:
— SIM! PARA COMER EM VIAGEM, APRENDER NA ESCOLA, DERRETER O
QUE SENTE, ENTREGAR NA FÚRIA DO ADVERSÁRIO, EM DISTENSÃO
TOTAL, AQUI ESTOU. NUA. PRONTA para ser sua