Portão de ferro, de Raquel Naveira

 

Em Portão de ferro, Raquel Naveira desenvolve simultaneamente três linhas distintas de poesia: a memorialística, reunindo documentos da sensibilidade que oferecem conotações de interesse cultural quanto ao meio, economia e costumes de sua terra, o Mato Grosso do Sul (Cupim do boi, Lembrança do rio, Helena, a violeira); a lírico-amorosa, em que se articulam afetividade, drama, feminilidade, como em Anjo e lagarto; e a que se poderia chamar de geral, com doses de filosofia, delírio, reações de identificação com o mundo.

 

Por que Portão de ferro? Porque Raquel vive passeando por lugares de sua infância; desvendando os segredos dos nomes, expressões, palavras que ouviu quando criança e que lhe provocaram fascínio. Foi assim com Nunca-te-vi, região da fronteira com o Paraguai, em que reuniu poemas celebrando o invisível, e agora, com Portão de ferro, uma referência a um local da cidade de Campo Grande, que fez a menina sonhar com uma passagem para o mistério.

 

O livro contém 85 poemas, alguns mais curtos, outros de fôlego, como "As Parcas", que foi escrito para abertura de uma peça teatral do dramaturgo carioca Flávio Leandro, toda inspirada em textos de Raquel Naveira e na figura que ela escolheu como símbolo: as parcas, as fiandeiras, as mulheres que tramam o destino, as tecelãs que têm domínio do seu tear.

 

Raquel Naveira mostra-se desinteressada de teorias que se estabelecem para uso próprio e/ou alheio. Arrisca-se a criar com emoção à flor da pele, mas deixa transparecer a erudição e a bagagem da leitora e professora de Literatura que é.

 

Vamos abrir esse Portão de ferro e entrar em bosques e florestas regidos pelas leis sobrenaturais da Poesia.

 


Sobre a autora

RAQUEL Maria Carvalho NAVEIRA nasceu em Campo Grande, sul de Mato Grosso, em 1957. Em 1986, formou-se em Letras, na antiga FUCMT, e, logo após, passou a  lecionar na atual Universidade Católica Dom Bosco, onde está até hoje, no exercício do magistério e desenvolvendo várias atividades de pesquisa e extensão, como publicações e palestras. Publicou inúmeros livros de poemas, dentre eles: Abadia (Editora Imago) e Casa de Tecla (Escrituras Editora), ambos indicados para o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Três romanceiros: Guerra entre irmãos — Poemas inspirados na Guerra do Paraguai; Caraguatá — Poemas inspirados na Guerra do Contestado, ilustrado por Poty Lazarotto, transformado no curta-metragem Cobrindo o céu de sombra, direção de Célio Grandes, e Sob os Cedros do Senhor — Poemas inspirados na imigração árabe e armênia em Mato Grosso do Sul (poemas que inspiraram a escritora Ana Miranda, na criação do romance AMRIK, editora Companhia das Letras). Na linha religiosa, publicou uma trilogia sobre mulheres bíblicas — Samaritana, Madalena e Rute — pela editora Santuário e Canção dos mistérios, pela editora Paulus. Seu infanto-juvenil, Pele de jambo, editora RHJ, foi adotado como leitura paradidática em várias escolas do País. Raquel Naveira é membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, pois acredita firmemente que a literatura é o ideal que eleva e honra. Sua obra literária, erudita, comunicativa, regional e universal, é cada vez mais lida e analisada nos meios acadêmicos e literários do País e do mundo e germina com a beleza, a constância e a força das sementes cheias de amor e fraternidade.

 

 

Título: Portão de ferro
Autora: Raquel Naveira
Gênero: Poesia/Literatura Brasileira
ISBN: 85-7531-210-3
Formato: 16 x 23 cm, brochura
Peso: 205 g
Páginas: 120
Preço: R$ 25,00

Carmen Barreto
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