©Marcos Parodi

 

 

 

 

 

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Uma homenagem aos 145 anos do início do tráfego

ferroviário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro

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Em 31 de março de 1872, iniciava-se um capítulo na história ferroviária do Brasil e no transporte de cargas em uma das regiões mais importantes do estado de São Paulo. Inaugurava-se, nesta data, o tráfego ferroviário entre as cidades de Jundiaí e Valinhos (ainda um bairro rural de Campinas) pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma idealização de um grupo de fazendeiros, negociantes e capitalistas, que necessitavam de um meio rápido e seguro para escoar a produção do café cultivado no interior do estado.

A Companhia Paulista de Estradas de Ferro ficou conhecida pelo seu alto padrão de qualidade, excelência no atendimento ao público e pontualidade, pois era comum acertar o relógio pelo apito do trem e nas suas implantações tecnológicas, sendo a primeira ferrovia brasileira que utilizou o sistema elétrico de catenárias para a tração das locomotivas.

Esse antigo trecho ainda existe e já foi utilizado pela Ferrovia Paulista S/A (Fepasa) por 27 anos. Atualmente, é utilizado para o transporte de cargas e suprimentos para a indústria por intermédio da empresa MRS Logística S.A. e a concessão pertence a empresa RUMO.

Os trens são diários e sua presença confunde-se com o cotidiano das pessoas: muitas acabam cruzando o seu caminho e aguardam sua passagem; outras preferem apenas recordar-se de uma época em que eram mais comuns os trens de passageiros nessa região.

Este trabalho apresenta fotografias e esculturas realizadas nas cidades de Valinhos, Campinas e Louveira, tendo como objetivos conscientizar a população sobre a importância do transporte ferroviário em uma sociedade que ainda utiliza — em grande escala — o transporte rodoviário para o deslocamento de passageiros e cargas; ilustrar partes de um passado esquecido, que aos poucos o tempo vai apagando, causando a extinção de momentos relevantes da história. Também serão contempladas cenas do dia a dia envolvendo a ferrovia e a paixão e fascinação que o trem provoca nos mais jovens.

Certamente, de uma companhia só restou a história, mas outra companhia se faz bem presente naqueles que curtem, fotografam, sonham, trabalham e admiram as máquinas e o transporte ferroviário, ou seja: bem-vindos a essa viagem, todos a bordo !

 

 

 

 

 

 

Marcel Pazinatto é engenheiro com experiência na área de microeletrônica e telecomunicações, pesquisador e tem como estudo e hobby o montanhismo e o radioamadorismo, além de atuar na área de preservação histórica e leitura iconográfica. Na área fotográfica atua com fotojornalismo, arte e vem desenvolvendo trabalhos com a união de fotografia e poesia. Mora em Valinhos há 33 anos, é casado e pai do Arthur.

 

 

 

 

 

 

 

Vista parcial e antiga placa sinalizando o quilômetro 31 no antigo trecho da

Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Valinhos/SP, 2016.