"É horrível assistir à agonia de uma esperança.

Atroz contradição a da cólera; nasce do amor e mata o amor".

— Simone de Beauvoir

 

Marianne

 

Pilulas,

Antidepressivos

Ela quer perder o controle,

vencer o juízo

 

Amor,

Ontem tão doce

Improvável de acontecer

Hoje, algo que infelizmente tende a crescer

 

E ela tenta se desvencilhar da dor

De qualquer maneira

"Sou como Virginia Woolf", devaneia

Mas o tudo o que vejo é nada, o nada

 

E um rosto

em um fosso

solitário

 

Dança,

Como uma pequena criança

Radiante, até que a noite se faça distante

Às vezes ela sabe causar furor,

Definitivamente, sua arte é causar furor

 

E em seus sonhos, tem o poder de amar

Os maiores poetas de todos os tempos

seus amores, autores de todos os livros

aos quais pôde se dedicar

 

Mas na vida real,

Só pode ter ao seu lado

um pobre garoto,

mais um belo rosto desolado

 

Para com ela se embriagar em uma espelunca

Até que a noite a consuma

Até que a noite a consuma

Até que a noite...

 

Amar de novo?

 

Mas como, se agora ela só acredita em amor materno?

Ou talvez naqueles descritos em livros

Mas nem os livros são eternos

 

Ela não acredita mais em coisas assim

Por isso se afoga

Em mares e mares que chora

Um sem fim

 

Pois não há

Mais tempo para ficar

debruçada na janela, à espera

de um Anjo bom e gentil

 

Violada para sempre,

inocência pueril

A única que poderia

lhe salvar a vida, de vez

Marianne, o que foi que você fez?

 

 

 

 

A poética da violência

 

 

I

 

hesitou

diante de mais um

amanhecer

ao ver o sangue

inocente

de muitos

 

pelo ralo do mundo

o vasto

o impiedoso

 

escorrer

 

e em tudo o que pode ver

o que mais poderia me dizer

sobre viver?

 

o sobreviver

 

e no teu riso

vejo crime

para muitos, castigo

 

por um crime

não cometido

 

por um momento

ofegante,

de seu berço, distante

culpou o destino

 

por ver a si mesmo

fugindo, perdido

por ter crivado uma bala

no peito de seu melhor amigo

 

 

II

 

vivemos em uma terra

em uma era

em que respirar

se tornou um risco

 

enquanto sua rival, a morte

nos escolhe a todos

por livre arbítrio

 

as balas varam o absurdo,

o impossível

no meio de tudo isso

caminha, caminhava

tua honra, perfurada

 

em direção ao desconhecido

o destino

 

adiante

no caminho sem volta

tua esposa sangrava

com uma bala alojada em seu frágil ventre

 

onde guardava teu filho

fruto do que plantara

teu vínculo único

com esse mundo

 

sangrava

sem saber

que com sangue brindava

o sofrimento,

o absurdo

 

a vinda ao mundo

e a incerteza de mais um

futuro

 

 

III

 

e como muitos,

andaste em desencanto

sob o sol, a chuva,

o céu em prantos

 

meteórico,

passaste tão depressa

sem deixar rastro de sua

sua demência

e a confusão a jorrar

de um peito

um alvo

a consciência

 

e teu sangue se entorna

quando torna a ver o reflexo

de ti, homem morto

maltrapilho

em prédios espelhados

 

nas vitrines da cidade

e se lembra de todos a quem rejeitou

o pedido de clemência

o último pedido

o último suspiro

 

 

IV

 

sozinho observa passar

o famoso trem de falsa prata

pelos trilhos de ouro

da metrópole

advindos de nosso suor

 

e a escadaria, antes imóvel

agora se move para o meu conforto

E contigo seguimos,

tudo por um passo à frente da dor

 

 

V

 

e não há ciência

que faça sentido

diante do milagre

da violência

 

que não protege,não evita

o vírus que se dissemina

 

e hoje, a muitos incrimina

pelos golpes desferidos

 

em nome de tua cólera

e em termos lhe compreendo

e contigo lamento

 

em sua solitária volta para casa

em teus olhos a brasa

da vida consumida

pela chama crepitante

 

do revolucionário

com seus sonhos juvenis de liberdade

do desconsolo, o que lhe resta?

o viver sem lutar

o viver em um lugar

onde o homem engana

a própria realidade

 

quisera clamar aos céus

para que tivesse uma vida menos patética

mas é tarde demais

loucos são os que sabem quem são

e sentem escrever suas palavras em vão

sua vã poética

 

 

 

 

Em sua desventura

 

me encanta

teu desencanto com o mundo,

seu traidor

e mesmo na ausência de toda sorte,

na presença de toda dor,

 

lhe oferece em troca teu riso,

uma declaração de amor

meu passaporte para um lugar

onde tudo faz sentido, um abrigo

 

onde nuvens

não são feitas de algodão doce

elas têm sim, diversos sabores

que nós, homens

jamais saberemos descrever

 

sozinha não está,

a caminhar e se admirar

com a beleza das rosas e das estrelas do céu e do mar,

veredas

 

contigo estou, em sua desventura

de quem sem saber procura

pelo simples absurdo

de fazer e ser feliz

 

a tentar imaginar

como são

os frutos gerados

pelas sementes da imaginação

 

sou às vezes amigo de minhas palavras

refém de um turbilhão de sentimentos

e de tudo o que se move, a todo momento

 

momento em que tudo o que sabemos

é que nesse mundo não temos espelho

 

quero que saiba ainda assim

que o não proferido será sempre mais rico

não por ser o óbvio não expresso

mas por ser a demonstração do quão belo

é o ato de saber contemplar

 

e é pelo haver

por ter tantas palavras

que eu lhe digo

 

lhe descrever em sua plena ternura

é minha desventura

o impossível

impossível

 

 

 

 

Andarilho

 

 

I

 

O mundo, imundo

não pode lhe ajudar agora

Levanta-te, pois sabes

que já é hora

de mostrar coragem

 

Não sabe por quanto tempo tem andado

em sua longa viagem

E do teu sopro da vida mendigado,

quanto lhe resta?

 

Indignado

Não herdaste

dos poucos a boa-sorte

Nem tem passaporte

para a morte

que habita velhas ruas estreitas

 

Sombras esguias

não lhe provém conforto

Eu sei, não estás morto,

mas mesmo assim precisa descansar

 

Compreendo seu desalento

pois como eu sabes

que a morosidade da cidade

aos poucos nos mata

Veneno se propaga

 

Lhe pergunto o que sabes

sobre o teu destino

em um momento de devaneio,

desatino

 

Mas logo desisto,

pois vejo que tudo que nesse instante se deforma

dá forma

ao teu sentimento

 

 

 

 

 

II

 

Sou aquele que vê o sol nascer

da janela de um trem

Aquele que sente

a dor de uma maioria,também

 

Dia após dia

madrugada adentro

Sangue, suor

preces, lamento

 

Aquele que aperta o passo

para ao meu destino chegar

antes dos primeiros raios de sol

Antes do mundo me enxergar

me condenar

 

Pareço até temer esse mundo

e eu o temo

 

No pôr do sol encontro a tristeza

Quando a noite cai, digo-lhe:

— Decifra-me!

E ela me devora,

com todas as minhas fraquezas

 

Digo ao mundo

para que quando me vir,

não acene, não encene um acaso

 

Pois nem a estrada,

nem o sono perdido na madrugada

Irão me mudar

Não, não

 

Nem armas à mostra

Nem tão longe que eu possa

caminhar

 

Nem corações feitos de pedra

Nem a tristeza que nos traz a guerra

Nada vai me mudar

 

 

 

Despertar

 

            para J.J

 

 

I

 

Estivemos a esperar

pelo seu despertar

Bem no fundo, a saber

que palavras de ordem

não podem

te parar

 

Por onde esteve,

quando ausente?

— Vagando pelos verdes campos

de sua mente

 

E como resposta,

deu as costas ao velho mundo

Um mundo

de tantas faces e falares

 

Que fez da violência

seu conceito de cidadania,

pacto

de sobrevivência

 

Esteve enfurnado

em um quarto

cansado

de vislumbrar o sol frio, magistral

pintado sob o seu telhado

 

enquanto deitado, entoava

em tom teatral

uma canção a si próprio

 

em um momento

de pura contemplação

ao teu universo,

puro e inócuo

 

 

II

 

Usam contra ti

o poder e a glória

a fúria e o som

de palavras muitas vezes frustradas

 

Eterno confronto

entre mundos

hoje retrato

emaranhado de grandes obras

 

E quem é que vai espalhar tuas cinzas

pelos verdejantes verdes vales da complacência

se a consciência, para ti

agora não passa de um vale distante

 

Tardiamente resolveu

se decepcionar com aquilo que tão bem conhece

Aquilo que delimita, como um profeta

Quando, com os olhos do grande poeta

viu o mundo através de um diamante

 

Triste hora aquela

em que viste apenas sombras

a se multiplicar

 

Triste hora aquela

em que zombaste

da passividade

do que passa

 

Diante da janela

daquelas pobres almas

E os passos lentos to passado

Se disfarçam de cura

 

Que eles avidamente consomem

É assim o mundo?

Não! Assim é o homem!!!

 

Loucura

cura?

 

 

III

 

Ouço tua poesia os assombrar

nos mais diversos idiomas

tua voz, como vento a soprar

pelas ruas

apenas ela, suja

 

ao som de tambores

surrados

como um doce (?) açoite

 

enquanto o rio

por vezes

turva

mas a vida prossegue

e com ela

ele revolve

e segue

 

seu curso natural

 

 

IV

 

E para muitos,

és filho pária

de uma pátria desalmada

 

Legítimo fruto da farsa

da democracia

familiar

És transparente,

agressivo

teu realismo é imoral

 

Refugo social!

 

Onde esteve,

enquanto ausente?

pelos caminhos tortos da Capital

A seguir, pelas Margens,

para o bem e para o mal

 

Observador, pintor

Autor da história, do relato, imagem

de toda uma decadente linhagem?

 

— A colecionar sonhos baratos

enquanto aquele lhe abolira

no passado

agora repousa

ali, assassinado

 

palavras de ordem

não podem

te parar

 

 

V

 

quantos sonhos

se constituem

a partir de uma vaga,

por vezes singela

promessa?

 

e da promessa,

se constrói, se molda

o outro, o amanhã

que como os becos, lhe acomoda

 

lhe ignora

lhe corrói

 

E veja bem

o neo-narcisimo

o niilismo

 

Obrigado,

mas estou farto

do falso lirismo

 

dos tempos de guerra

do silêncio

da mágoa

e do Ego, que vocifera

 

 

VI

 

 

— Vejo esperança como o etérea

Pois então como pode,

no meu vagar

por entre terras e mares

 

Continuar viva em mim?

 

Se é ela que insiste, não me queixo

Se sobrevive diante do ódio,

És verdadeira

Parte de mim

 

Vejo daqui sorrir

o poeta,

mesmo descontente

que observa o mundo

pelas frestas de sua alma

 

Sua janela

Que no mundo sofre,

por tanto saber caminhar

 

Por viver sem saber

quem é hoje

o que foi ontem

 

EnFIM

 

— Haverá mais sombras

ou telhado de estrelas

sobre o teu jardim?

 
 
 
 

 

 

Oceano

 

sentimento

resplandecente

lentamente preenche

teu vasto espaço,

coração

 

como os tênues, finos

pingos de chuva

pintam de azul

o soberano

 

Oceano

 

e o tempo todo,

eu insisto, ouso

em te comparar

com os elementos essenciais da natureza

 

bem sei, não deveria fazer

comparações desse tipo

simplesmente porque

nasceste como eles,

daquele mesmo ventre

 

tão pura,

de tantas belezas e sentimentos,

em momentos

tão prematura

 

e todas noites

quando me vejo em ti

imenso mar,espelho

 

a desenhar as estrelas

que brilham no meu céu

e entre nuvens dançam,

 

para meu contento

me encanto,

meu espanto

 

encontro

minha própria paz de espírito

e você bem sabe,

fazes parte de tudo isso

 

tempo dança

diante de nossos olhos

entre lembranças, vinho tinto

e esperança

 

e não há

mais confusões

para me importunar

 

apenas

bela, a luz

a emanar

do meu de olhar

cansado

 

enquando o mundo

tanto pesa sobre meus ombros

uma luz brilha sobre mim

sobre ti

 

me rio,

me faço grato

podes ouvir?

e isso parece tão claro

 

ouça meu canto

enquanto lanço

sortes e versos,

preces ao mar

 

por um segundo,

me pergunto

onde tais preces irão desaguar

 

até me lembrar

de que a correnteza é a melhor resposta

sempre sábia ao me dizer

que ainda não é hora

de aportar

 

sou navegante

guiado por ti, errante

pelos caminhos sinuosos

do amor

 

você, minha pura e doce salvação

estandarte para o amor

primoroso verso

da mais bela canção

 

motivo

pelo qual vivo

nesse mundo frio,

arredio

 

 

 

 

Toada

 

Amada etérea

Beleza eterna

Repousa

Em cada movimento

 

Voa, toada

Como a folha ressecada

guiada pelo vento

Chega até minha amada,

 

Em sua mais bela forma

Alento

 

Mas ela renasce

Todos os dias

No despontar de cada

raio de sol

 

Me traz notícia,

página de jornal

Enquanto lembranças ecoam

do meu quintal

 

Natureza morta

Folhas de outono

desprendidas

diante da minha porta

 

Ó, Sol poente,

Ó, Estrela cadente

Vede, que nem a Lua sorri

Queria ela

que Primavera

estivesse aqui!

 

 

 

 

Canto

 

Triste agora,

amigo poeta?

Palavras tão belas lhe fogem pela janela

 

Insiste em dizer

não ser sangue

o que corre

em tuas veias

 

Acontece

que todas as manhãs

insistem em ser

muito mais do que vãs

 

Beleza fragmentada

Enxergada através das frestas

Em ritmo de ritos,sarau, serestas

 

Também as de senso pueril

em caráter,em forma

vil

 

Sentimento sem contorno

encontra conforto

no seio daqueles que amam

e tramam

 

Queria

abrigar poesia

que vejo perdida

em cada esquina

 

Queria

abrigar todo sentimento

que a cada momento

desvia, se esquivado meu sonhar

 

Teria teu olhar o poder de palavras?

Volto então a recitar

Canto dos pássaros

a ressoar

 

 

Música, a entorpecer

retorna ao teu ser

Ao contrário da tua Poesia,

que sem espelho, insistia

em pela janela perecer

 

 

 

 

São Paulo

 

Ainda vejo

algo de bom nas pessoas

Me preocupa o agora,

e todas as outras coisas

 

O céu se esconde atrás de nuvens

Me escondo atrás de um sorriso

Cansado

Perdido

 

Você sabe como eu me sinto?

 

Em tuas ruas

fuligem, vertigem

Descaso, asfalto

Assalto

 

Túneis, semáforos

todos sob medida

para máquinas obedientes

Obedientes?

 

Estruturas metálicas, implantadas

sob nossas cabeças, sob nossos pés

em movimento

Pavimento,

o novo sobre o velho aparente

esconde teu solo

doente

 

Abram alas

para nossas feras motorizadas

Que horas são?

Pergunto a uma fachada

 

Bom dia, São Paulo

Eu quero saber o que você faz por mim

 

Como nos cartazes

Exóticas, feias, belas faces

Boas e más almas

Transitam por suas ruas e calçadas

Apressadas

 

 

Enquanto acima de suas cabeças

Transitam promessas abstratas

Envolvidas por borracha

E conduzidas por um fio de esperança

 

O céu se esconde atrás de nuvens

Me escondo em subterrâneos, arranha-céus,

coletivos

 

Tua beleza repousa

na poeira,

Em clima indefinível,

Violento, impossível

 

Simples assim

 

Ainda seria

desrespeito, heresia

perguntar

O que você faz por mim?

 

 

 

 

Margens

 

Luz apagada

Paisagem

imaginária

pintada na tela

daquela alma

 

Luminária

 

Reflita, artista

sobre a razão

das atrocidades que pinta

ao lidar com tinta

como se fosse puro sentimento

 

Tua dor é algo universal

E teu ápice, tua vida

se resume a um momento

 

De que são feitos

aqueles que dizem:

"— A vida é bela!"

 

Se retratos pintam dela

Como natureza morta

capturada e exposta?

 

Exposta, sim

Como resposta

Como troféu

pelos reles e gentio

Réu

 

E o veredicto vem

do mestre encurralado

e calado

 

Pelas vozes da multidão que pede bis

Sanidade hesita,

se detém por um triz

 

Antes refém

Agora, porém

se vai ao longe

para além do horizonte,

fina margem

da compreensão

 

para além da fronteira

do mundo idealizado,

dito são

 

 

 

 

Reverberações

 

Inútil, vil e vã: poesia

Vaga pelo espaço, transita

Tragada e trazida à tona

Pelos pulmões de uma nova geração

 

Aeroplanos vêm e vão, deslocam o ar

Desviam um aturdido olhar

 

Quem sou eu no meio de tudo isso?

Sou homem, monstro, menino?

Século de trevas, dor, abismo

E quem é você, diante de tantos compromissos?

 

Ferrugem repousa nas cordas da viola

que não mais viola o Silêncio

 

— O real é tudo o que não podemos tocar —

 

Há uma substância para cada tipo de enfermidade

E em cada vestígio de vida, efemeridade

Persistência do tempo

Reverbera em mim

 

A solidão está a caminho sobre trilhos metropolitanos

Na próxima parada vejo senhor Expectador,

habitante da cidade cinza, que expira Nicotina

Espiras

 

Seria um João? Alguém como ou você?

Que anda sobre o tênue fio da poesia?

Que me desafia?

Que me remete a Mallarmé?

 

Colírios,

relaxantes musculares

Há remédio para todos tipos de males

 

Fratura exposta

Assassinos de aluguel

Me sinto doente, sol me cega

não mais olho para o céu

 

Insistes em insultar o mundo

Poesia torta, assombrosa

Há um alvo

para todo tipo de cólera

 

 

 

 

De nihilo nihil

 

antes,

no espaço

agora,

me desfaço

 

como raio

porém,

em espaço

delimitado

 

ser um ser

ou não ser?

melhor nem saber

 

que espera

estabelecer

O elo

 

desmitifique

todo o processo!

 

eu comigo mesmo

eu homem

eu, microuniverso

 

toda vida que rasteja aí fora

que me ouça agora

que me veja

 

eu só quero

amanhecer

 

réquiem

para o sentir

para toda ordem

subverter

 

ah, o tempo

continua a reagir

a submergir

 

e me desmerecer

do nascer,

do crescer,

do morrer

 

tardar

é sim,

muitas vezes

falhar

 

amadurecer

aprender e apreender

eu só quero

arborescer

 

 

 

(imagem ©vinkiel)

 

 

 

 

 

 

Wagner Miranda (Jandira-SP, 1982). Tradutor, estudante de Letras da PUC/SP e autor de centenas de poemas em inglês e em português. Alguns deles podem ser encontrados em seus blogues Adeus do Porto e Universal Speech e no Overmundo. Participa da equipe do zine virtual Zero, desde fevereiro/2007.