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Sobre a poesia de Edimilson de Almeida Pereira

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_____ EDIMILSON DE ALMEIDA PEREIRA historiografa os primórdios do relâmpago da versatilidade da poética integradora das polaridades divinas-órbitais-xamânicas condensando a transculturalidade misteriosa da essência/plenitude.

 

O fulgor EDIMILSIANO alcança a invenção etno/estratigráfica do visível-outro: ___  transe transformador da dissecação das ressonâncias culturais transgredindo as centralidades da significação e convertendo a substância da eversão das caminhadas estéticas na discussão-desejo das cidades micro/macro-sociológicas.

 

EDIMILSON apresenta-nos as fronteiras da antroplogia da génese biológica/ontológica osciladora da monumentalização das linguagens étnicas e dos itinerários multidimensionais/ da regeneradora fractalização/reconquista das origens-das-origens.

 

Metamorficamente a autonomia EDMILSIANA  eiva/ruptura as escolhas sígnicas linguisticas na materialidade/descobrimento da intersecção da palavra-jazzística aberta ao cosmos fundador das incisões da oralidade heterogénea e das analogias eruditas/umbráteis.

 

A infabulação perfomativa inestancável alimenta as fusões compositoras da afectividade resgatando a transcendência do efectivo(a abstracção -dos- limites-ilimites) problematizando as palavras primitivas dentro da anti-falsicabilidade da condição humana ___ força da comunicação a rejuvenescer as perspectivas da metareferencialidade institual/aborígene: ____ extremos territórios hieroglíficos afro-brasileiros criadores do ritual sagrado e da transdisciplinaridade (i)(e)migratória onde imerge a cultura arqueológica EDIMILSIANA abalando a sua própria natureza ao multiplicar o autoconhecimento; o desconhecido psicoactivo e a independência da irrupção dos templos das ruas (do interior MINEIRO):  irradiação/ obscuridade antroplógica a coabitar com os nichos cosmogónicos do ser infinito porque flexibiliza a experiência poética(liberdade da linguagem) do conflito temporal e das faiscações abismais das correspondências interaccionistas: modernidade/ancestralidade___________

 

EDIMILSON cria uma unidade "indecomponível" hagiológico/histórico/ciência das figurações entre a desnudação dos sentidos e a bravura ritmica/sibilítica da afrodescendência abrangendo o espectro instantâneo da multiplicidade/dança/cânticos/divindades/ancestrais com os arroubamentos da libertação etnológica/cultural (instrumentos arrebatadores) onde a vertigem intertextual corporaliza-se poeticamente numa infinitude sincopada/elíptica/visionária.

 

Noutras instâncias onteógenas EDIMILSON desemboca nas circulações da especificidade das tonalidades das eléctricas Metrópoles complexificando a acção da ervagem filosófica: mineralizações a espacializarem as desdobragens urbanas/rurais-biomórficas como um delírio antropológico a encruzar libidinalmente as objectividades consistentes através das identidades trans-tradicionais.

 

O POETA das teias vocabulares dissipativas demonstra a singularidade da imersão semiológica e a plurivocidade prismática ao polarizar-se entre a negritude afectiva e as descobertas contínuas de idiomas inomináveis/pulsionais propulsores da vida da interioridade incontestável ____: variabilidades magnetizadas pelas solenidades-referenciais do abismo-filosófico que encandeia as consanguinidades da coreografia da abdução das falas e dos acolhimentos da sabedoria popular ____ homoestase/nidificação a suspender a mudança secreta da visibilidade contemporânea

 

____A morfoespiralidade cinética de EDIMILSON opera na transmudação ontológica/antioxidante da (im)penetrabilidade humana ___ (conexões irrecusáveis a conflagrarem a atracção da turbulência interior da frontaria:  imagem-linguagem fenomenologicamente miscigenada pela interactividade cultural/odisseia-alucinatória.)

 
 
julho, 2008
 
 
 
 

 

Luís Serguilha (Vila Nova de Famalicão, Portugal). Publicou O périplo do cacho (poesia, edição de autor), O outro (poesia, edição de autor), Entre nós (narrativa, Editora Quasi), Boca de sândalo (poesia, Editora Campo das Letras), O externo tatuado da visão (poesia, Editora Ausência), O murmúrio livre do pássaro (poesia, Editora Ausência), Embarcações (poesia, Editora Ausência) e A singradura do capinador (poesia, Editora Indícios de Oiro).

 

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