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Sobre a poesia de Mônica de Aquino

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MÔNICA DE AQUINO arquitecta a admirável torrente/periodicidade/socialização ____  sístole/diástole no poderoso mistério restituidor "do embalar das correntes do inconsciente" _____  os abismos reais das palavras luzem acoplados à iminência da afinidade empírea para  baterem sincronicamente nas casas do relâmpago/afecto e consagrarem as janelas magnéticas/AQUINIANAS entre a fulguração dos dois idiomas quase divergentes ___ referencialidade da polulação sismógrafa  e o objecto volatilizável da percepção: propulsores celulares das etno-orientações das embocaduras cardíacas/radicais: ___ intersecção dilacerante da densidade nómada vivificada nas alcateias paroxísticas do corpo e na visualização soberana reconquistada às incoincidências das regiões/escalas-sígnicas.da desopressão axiomática ___ audácia incomensurável.

 

O averbamento electrocardiográfico/caligráfico reinicia a VIAGEM astro-coração num  manancial genésico de textos/abalos característicos da vasta rede dos vórtices-video-corpo que conjecturam a história/confidência doutro conflito-corpo como um domínio da exposição das biografias filiformes a plasticizarem a sintaxe das alterações/dispositivos identificatórias das proliferações embriológicas-ritualizadoras da perfomance: ___ (metáforas a sobrepujarem a significação do fôlego do desejo).

 

Os sentidos absolutos/descondicionantes de SÍSTOLE fundam as probabilidades da propagação das amoras simbióticas/proprioceptivas de MÓNICA como novas descrições do CORPO luculento/regenerado e multicentralizado nos hologramas-engenhos-impulsivos que estiolam as colheitas das atmosferas localizadoras das heterogéneas/TRANSPLANTÁVEIS-corporeidades do cântico transmissor  da espontaneidade.

 

O vitalismo transgressor das alegorias realiza as variabilidades mutantes dos cruzamentos fenómenológicos: palavras/descontinuidades das micro correntes AQUINIANAS______ (fecundidades) embutidas no CORAÇÃO cinematografico-descentralizador-de-planos.

 

Os ÊXTASES das instabilidades auto-reflexivas:___ signos/presença/ausência/impossibilidades refazem o alargamento alterável da ontológica interioridade/confessionalista como a concepção da área cénica a demarcar a criação da confidência(não-interpretável)  ___________ uma  autêntica transferência de encadeamentos de memórias ascendentes a incidirem na codificação/des-codificação dos impulsos que reconstituem a percepção da simultaneidade dos estilhaços ____ inseparabilidade subjectiva sobre as ambiências primordiais/egrégias das "iluminações" intercomunicáveis/topológicas ______ (resultante) ___ da aspiração/vibração _____(disponibilidade):____ natureza/refluxo/CORPO oscilador.

 

MÔNICA DE AQUINO reaviva a pulverização dos símbolos da não catalogação/centro inenarrável da superfície pictural porque entressacha a inviolável loucura das profusões terra-derme interagindo com a ilustração alucinante da mucosidade-húmus-anunciador das espécies microscópicas/composições do estímulo: ___ as palavras-candeias arrebatam as delineações sincrónicas ascendendo as substâncias da  fenomenologia da epiderme-acção ou da comoção-radiação do corpo-génese-verbal que descobre a sua habitação original entre os decursos dinâmicos dos arremessos rítmicos___:____; natural-eixo a pigmentar a autenticidade/sonoridade entre as reorganizações das fendas-Mineiras.

 

SISTOLE/timbríca monumentaliza o ardil das membranas metafóricas e a exaltação das bolsas/ventosas/amnióticas/vertiginosas onde a defrontação do corpo cartografa a exuberância da diversidade e se apropria dum quadro multidimensional onde os itinerários acasalam-se na buliçosa circularidade/plasticidade dos germes-signos-regressivos   ____ esta plasticidade da perspectiva do andamento desenvolve a complexidão do curso-corpo polinizador de climas, consciencializando as interferências dos territórios  para circunscrever novas especificidades e acolher a pluralidade dos espaços/expressão/DISSEMINAÇÃO/IMPROVISAÇÃO da  intercorporalidade marginal.

 

A  POETA metamorfoseia o amarrilho antropológico em parábolas equidistantes/oblíquas onde a polvilhação das morfologias abrasa o harmónio dérmico/ferómatico como insondáveis moldes a comporem o entusiasmo da interioridade entre os acostamentos vibráteis dos fragmentos que desaproximam/ abeiram o maquinismo vulcânico recompensador da cor-movimento das múltiplas fusões da inscrição da ORGANICIDADE-ritual corpo-para-o-corpo-pelo-corpo_______________

 
 
 
julho, 2008
 
 
 
 

 

Luís Serguilha (Vila Nova de Famalicão, Portugal). Publicou O périplo do cacho (poesia, edição de autor), O outro (poesia, edição de autor), Entre nós (narrativa, Editora Quasi), Boca de sândalo (poesia, Editora Campo das Letras), O externo tatuado da visão (poesia, Editora Ausência), O murmúrio livre do pássaro (poesia, Editora Ausência), Embarcações (poesia, Editora Ausência) e A singradura do capinador (poesia, Editora Indícios de Oiro).

 

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