Certas Canções, de Marcelo Semer

Para quem já acreditou que iria mudar o mundo

Certas Canções é uma espécie de diário político-sentimental de um estudante apaixonado por música. O livro acompanha a história de Marco e seus amigos, especialmente o triângulo formado por ele, Ana Paula e João, durante uma época marcante da história recente do Brasil. Marcelo Semer costura habilmente versos da MPB com as aventuras de seu protagonista ao longo da década de 80, os primeiros anos da faculdade, festas, viagens, comícios e passeatas, traçando uma verdadeira trilha sonoro-literária daquela geração. Quem cantou Chico, Caetano e Milton, enquanto saía às ruas pelas Diretas-Já, quem se embalou com o rock de Paralamas, Titãs e tantas bandas que surgiam, e um dia acreditou que ia mudar o mundo, irá se encontrar nas páginas deste livro.

Orelha
Quem viveu os anos 80, cantou Chico
, Caetano e Milton, enquanto saía às ruas pelas Diretas-Já, quem se embalou com o rock de Paralamas, Titãs e tantas bandas que surgiam, e um dia acreditou que ia mudar o mundo, irá se encontrar nas páginas deste livro. Romance de formação, espécie de diário político-sentimental de um estudante apaixonado por música, descobrindo as sutis diferenças entre amizade e amor, Certas Canções traz como pano de fundo uma época marcante da história recente do Brasil.

Costurado habilmente com versos da MPB, o livro acompanha as aventuras de Marco e seus amigos (especialmente o triângulo composto por ele, Ana Paula e João) ao longo daquela década, dos sonhos juvenis aos primeiros anos da Faculdade de Direito, em meio a festas, viagens, comícios e passeatas, traçando uma verdadeira trilha sonoro-literária daquela geração.

Contra-capa
Chico ou Caetano? Eu era Chico. Sem dúvida. Cada palavra no seu lugar, como se elas nunca tivessem estado em qualquer outro antes. Como se tivessem nascido juntas, e só nós ainda não conseguíssemos vê-las assim desde o início. Era simétrico, era pensado, era perfeito. Além de dizer tudo ou quase tudo que eu queria dizer. A Ana Paula, ela também. Ela era Chico cem por cento. Ana louvava o tom poético, a sensibilidade, a emoção descrita com sutileza e, principalmente, a graciosidade e a força de suas mulheres. Ela gostava de ser reconhecida nas músicas do Chico. Ou pelo menos de pensar que era assim. Mas o João, não. Ele era Caetano. E não se falava mais nisso. João era energia, era etéreo. Era pura sensação. Cheio daquelas coisas que na época a gente não sabia descrever muito bem. Ainda não era esotérico, mas gostava de flanar, de viajar, de curtir. Nada de sentimentos organizados, bem construídos. Ele adorava ambigüidades, expressões inusitadas que não diziam nada, mas explicavam tudo. Outras palavras. Naquela noite, no entanto, nós todos estávamos ouvindo Milton Nascimento. E isso era quase uma obrigação.

Sobre o autor
Marcelo Semer
é paulista. Nos anos 80, estudou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Trabalhou como advogado, professor universitário e jornalista. Desde 1990 é juiz de direito, sendo membro e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia. Autor de artigos e obras jurídicas, Certas Canções é seu primeiro romance.


ISBN 978-85-7577-419-9
126 páginas | R$ 29,00
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